Em janeiro, o crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 12,1 trilhões (162,6% do PIB), crescendo 1,1% no mês e 17,5% em doze meses, segundo dados do Banco Central (BC). A variação mensal refletiu aumentos de 1,1% nos títulos de dívida, notadamente nos títulos públicos, e de 3% na dívida externa, refletindo a depreciação cambial de 5,4%. Os empréstimos e financiamentos totais permaneceram estáveis no mês.

Em relação aos tomadores do setor privado não financeiro, o saldo com empresas totalizou R$4,2 trilhões (56,4% do PIB), elevações de 1,5% no mês e de 19,2% na comparação interanual, com a variação mensal influenciada pela depreciação cambial da dívida externa, que cresceu 4,4%. Os empréstimos e financiamentos declinaram 0,8%, enquanto os instrumentos do mercado de capitais permaneceram estáveis, 0,1%. No segmento de famílias, o crédito ampliado atingiu R$2,5 trilhões (33,1% do PIB), crescendo 0,6% no mês e 10,4% em doze meses, destacando-se, em janeiro; os empréstimos e financiamentos, aumento de 0,6%, notadamente a carteira do Sistema Financeiro Nacional (SFN), que corresponde a 91,6% do financiamento amplo ao segmento.

Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN)

O saldo das operações de crédito do SFN alcançou R$4 trilhões em janeiro, o que significou estabilidade no mês e elevação de 16% em doze meses. A carteira de pessoas físicas cresceu 0,6% no mês e 10,9% em doze meses, atingindo R$2,3 trilhões; enquanto a de pessoas jurídicas registrou diminuição de 0,8% no mês e aumento de 23,1% nos últimos doze meses, atingindo R$1,8 trilhão.

O crédito livre para pessoas jurídicas totalizou R$1,1 trilhão, com redução de 1% no mês e crescimento de 23,1% na comparação interanual, ocorrendo retração sazonal nas operações voltadas para fluxo de caixa, como desconto de duplicatas e recebíveis, e queda na carteira de capital de giro. O crédito livre a pessoas físicas alcançou R$1,2 trilhão, após elevações de 0,4% no mês e de 10% em doze meses, com destaque para aumentos de saldos em cheque especial e crédito pessoal (consignado e não consignado).

No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas atingiu R$684 bilhões em janeiro, representando variações de -0,6% no mês e de 23% em doze meses. O saldo direcionado a pessoas físicas atingiu R$1 trilhão, com expansões de 0,9% e 12,1%, nas mesmas bases de comparação; prosseguindo elevações em financiamentos rural e imobiliário.

As concessões totais de crédito somaram R$289 bilhões em janeiro. Na série com ajuste sazonal, ocorreu elevação mensal de 1,9%, com acréscimo de 3,5% no crédito às empresas e redução de 1,2% no crédito às famílias. Na comparação com janeiro de 2020, as concessões totais contraíram 10,4%.

O Indicador de Custo do Crédito (ICC), referente ao custo médio de toda a carteira de crédito do SFN, situou-se em 17% a.a. em janeiro (+0,3 p.p. no mês e -3,1 p.p. na comparação interanual). O ICC do crédito livre não rotativo atingiu 22,6% (+0,3 p.p. e -4,4 p.p, nas mesmas bases de comparação). O spread geral do ICC situou-se em 12,1 p.p. no mês (+0,4 p.p. e -2,2 p.p., nos mesmos períodos).

A taxa média de juros das operações contratadas em janeiro alcançou 20% a.a., variações de +1,6 p.p. mês e de -3 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 15,7 p.p.; com variações de +1,3 p.p. e -2,6 p.p., nas mesmas bases de comparação.

No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 28,4% a.a., aumento de 2,9 p.p. em janeiro; com elevações tanto em pessoas físicas (+2,2 p.p., 39,4%) quanto jurídicas (+3,5 p.p., 15,2%). No segmento de famílias, o aumento foi influenciado por crédito não consignado (+10,9 p.p.), cartão rotativo regular (+9,8 p.p.) e cartão parcelado (+12,6 p.p.). Nas empresas, o aumento de taxas foi disseminado pelas modalidades, destacando-se capital de giro (+5,4 p.p.) e conta garantida (+4,2 p.p.). Excluindo-se as operações rotativas, a taxa média de juros do crédito livre alcançou 23,2% a.a., mesma elevação mensal do livre total (+2,9 p.p.), e queda de 3,2 p.p. na comparação interanual.

Agregados monetários

A base monetária totalizou R$406,9 bilhões em janeiro, o que representou redução de 0,8% no mês e crescimento de 28% em doze meses. No mês, o papel-moeda emitido retraiu 1,9% enquanto as reservas bancárias aumentaram 9%.

Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, o principal fator de contração monetária foram as operações com Títulos Públicos Federais, R$18,7 bilhões (colocações líquidas de R$25 bilhões no mercado primário e compras líquidas de R$6,3 bilhões no mercado secundário). No sentido expansionista, contribuíram as operações com derivativos, R$16,3 bilhões, e as operações do Tesouro Nacional, R$2,6 bilhões.

O saldo dos meios de pagamento restritos (M1) alcançou R$582 bilhões em janeiro, redução mensal de 6,8%; com quedas sazonais em seus componentes, papel-moeda em poder do público, -5%; e depósitos à vista, -8,7%. Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 cresceu 4,2% no mês.

O M2 diminuiu 2,2% no mês, para R$3,9 trilhões, refletindo, além da queda no saldo do M1, as reduções de 2,4% nos depósitos a prazo e de 0,4% nos depósitos de poupança. Em janeiro, foram registrados resgates líquidos de R$43,4 bilhões nos depósitos a prazo e de R$18,2 bilhões nos depósitos de poupança. O M3 teve redução de 0,2% no mês, situando-se em R$8,0 trilhões; seu principal componente, as quotas de fundos do mercado monetário, cresceu 1,7%, totalizando R$3,9 trilhões. O M4 manteve-se estável no mês, alcançando R$8,4 trilhões, e com crescimento de 17,2% em doze meses.

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