O Itaú Unibanco registrou no 2T20 um lucro líquido recorrente de R$ 4,2 bilhões (ROAE de 13,5%) com redução de 40% em relação ao 2T19 (ROAE de 23,5%), um resultado explicado pela queda de 10% na Margem Financeira, pelo aumento 92% da PDD, queda de 7% no resultado de seguros, redução de 7% nas receitas de serviços, parcialmente compensado pela redução de 4% das despesas não decorrentes de juros e menor alíquota efetiva de impostos.

Quando comparado ao trimestre anterior o lucro cresceu 7,5% com incremento de 0,7pp no ROAE. Nesta base de comparação a margem financeira com clientes recuou 3,4% em função da (i) menor representatividade da carteira de pessoas físicas e maior participação da carteira de grandes empresas, (ii) mudança no mix de produtos do varejo; e (iii) da redução da taxa de juros na remuneração do capital de giro próprio.

A margem com mercado alcançou R$ 1,3 bilhão em função dos maiores ganhos na tesouraria trading e nas tesourarias no exterior. As receitas de serviços apresentaram redução de 11,8% em função do impacto da menor atividade econômica nas receitas com cartões (emissor e adquirência); da menor atividade no mercado de capitais na receita de assessoria econômica, corretagem e fundos.

As despesas não decorrentes de juros permaneceram praticamente estáveis no trimestre (+0,4%) com o crescimento na América Latina sendo compensado pelos menores gastos no Brasil. A alíquota efetiva de imposto de renda e contribuição social foi de 30,8% no 2T20, acima da apresentada no trimestre anterior.

Tomando por base o resultado do 1S20 ante igual semestre do ano anterior, o lucro líquido recorrente registrou queda de 41,7% para R$ 8,1 bilhões, com redução de 10,5pp no ROAE para 13,1%. Seguimos com recomendação de COMPRA para ITUB4 com preço justo de R$ 32,00/ação.

Outros destaques

O Itaú Unibanco aprovou a distribuição de Juros sobre o Capital próprio de R$ 0,0529/ação, com crédito em 26/agosto e ações ex JCP a partir de 18 de agosto de 2020. O retorno líquido é de 0,16%.

O Itaú Unibanco alterou a classificação de participação no IRB Brasil RE de coligada para Ativo Financeiro a Valor Justo.

A carteira de crédito com garantias e títulos privados no 2T20 cresceu 2,9% no trimestre e 20,3% em doze meses para R$ 811,3 bilhões; devido a maior demanda por crédito, com destaque para o desempenho do segmento de Grandes Empresas que cresceram 27,5% em 12 meses. O segmento de PF registrou alta de 2,9% e as Micro, Pequenas e Médias Empresas cresceram 29,3% ante jun/19.

Com o objetivo de proporcionar liquidez aos clientes, o banco flexibilizou os prazos de pagamento de contratos de crédito de pessoas físicas, micro e pequenas empresas que totalizam R$ 52 bilhões.

A inadimplência medida pelos créditos em atraso (NPL) acima de 90 dias, caiu de 3,1% no 1T20 para 2,7% no 2T20 (sendo de 3,2% no Brasil e 1,4% na América Latina).

De acordo com o banco, “no Brasil, o índice de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas; reduziu em relação ao trimestre anterior devido à flexibilização das condições de pagamento de empréstimos. No segmento de grandes empresas, a redução está relacionada a um cliente específico do segmento. Já a redução na América Latina ocorreu principalmente devido à reestruturação de dívida de um cliente específico do segmento corporate no Chile”.

O índice de cobertura acima de 90 dias elevou-se de 239% em mar/20 para 281% em jun/20, reflexo direto das ações de flexibilização de pagamentos. Nesta base de comparação (trimestral) o Índice de Eficiência Operacional registrou piora, de 44,4% para 46,5%.

Em função da baixa visibilidade sobre a extensão e profundidade dos efeitos da crise atual, o banco manteve suspensas as projeções para o ano de 2020, até ser possível ter uma maior precisão sobre os impactos e extensão da situação atual em nossas operações.

Ao final do trimestre a Basileia do banco era de 13,5% sendo de 12,1% de capital nível I e 10,4% de capital principal; para um patrimônio líquido de R$ 126,4 bilhões. Os Ativos Totais cresceram 23,6% em 12 meses para R$ 2.075 bilhões, em linha com o crescimento da carteira de crédito (+20,3%).

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