Com a intervenção do Bolsonaro no comando da Petrobras, o mercado teve forte queda na segunda (22), e os principais alvos foram as empresas estatais, como Petrobras que caiu 20,48% e o Banco do Brasil com queda de 11,65% no pregão deste dia.

Por que o mercado reagiu dessa maneira?

Primeiramente, antes de entender o que fazer com as estatais, precisamos entender o porquê do mercado ter reagido da maneira que reagiu.

Bolsonaro assumiu a presidência apoiado no fato de ter uma agenda liberal, onde em tese as empresas se beneficiam, pois podem focar nas suas operações para conseguir o maior lucro possível para os acionistas.

Entretanto, o ato de demitir Roberto Castello Branco, que na visão do mercado vinha fazendo um bom trabalho no comando da Petrobras, tornou-se uma sinalização de que o foco do político está mudando de uma agenda liberal para uma agenda mais populista, onde o lucro das empresas sai da prioridade.

Aliado a isso, recentemente, Bolsonaro também sinalizou a demissão de André Brandão, que hoje comanda o Banco do Brasil.

No mesmo dia do anúncio sobre a demissão de Castello Branco, o atual presidente também disse que quer mudanças no setor de energia, dando mais um reforço de que a agenda liberal ficou para trás.

O passado condena

Pra quem não lembra, intervenções bruscas dos governos em estatais quase sempre tem efeitos ruins para as empresas por si só.

No episódio da MP 579, anunciado pelo governo Dilma em uma tentativa de baixar a conta de luz na marra, todo o setor elétrico sofreu grandes perdas no valor de mercado de suas empresas.

O risco de interferência política inibe os investidores por conta do conflito de interesses, assumindo que empresas estatais estão vulneráveis à terem que atender funções fora de seu foco, mesmo que isso reflita em prejuízos.

Como interferências não são novidades em nosso país, a lembrança e as consequências de um passado sombrio para o mercado de capitais, reflete diretamente no receio geral dos investidores sobre o futuro e nas cotações das empresas.

Como se posicionar com as empresas estatais?

Em primeiro lugar, o risco para as ações das empresas estatais teve um aumento significativo após as declarações de Bolsonaro, e isso reflete no valuation das empresas, diminuindo o valor justo nos modelos de precificação.

Entretanto, isso não significa que você deve sair vendendo as empresas por medo de maiores interferências. O que você precisa fazer é analisar se os fundamentos dessas estatais estão atraentes, se as empresas possuem boas perspectivas no seu próprio negócio.

No fim das contas, o que vai dizer se a empresa vai gerar retorno ou não é a própria operação da mesma e, muito embora uma interferência com ideia mais populista possa diminuir esses retornos, se a empresa for comprada no preço certo, ela ainda vai ser um ótimo investimento.

O segredo é investir com a maior margem de segurança possível e contar com uma reserva de caixa para eventuais quedas mais bruscas, e com isso, mesmo interferências externas de qualquer ordem, ou até falhas internas nas operações, seus investimentos e sua disponibilidade de caixa servirão para equilibrar a carteira e proporcionar condições para se recuperar.

Em nossos boletins, mais de 10 corretoras e casas de análises já deram seu parecer sobre a situação e como se preparar.

Nas nossas carteiras recomendadas, os analistas estão de olho aos movimentos e farão mudanças nas recomendações conforme o necessário, seja rebaixando o preço justo, seja reafirmando a compra nas estatais.

No Acionista temos a cobertura mais completa de tudo que acontece no mercado, para que você se informe e tome a decisão apoiado em diversos especialistas.

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