O ICF fechou o mês com 66,6 pontos, a terceira alta seguida desde agosto, quando estava em 61,3 pontos. A crescimento, apesar de tímido, pode ser explicado pelo avanço na perspectiva de emprego, que subiu 5,9%, e a variável de consumo atual, que teve alta de 4,7%.
De acordo com a instituição, a retomada é lenta porque mesmo com a injeção do décimo terceiro salário entre os trabalhadores formais e a última parcela do auxílio emergencial, as famílias ainda se sentem inseguras em voltar a consumir como antes da pandemia, principalmente pela inflação, ainda mais forte entre alimentos e bebidas, e pelo ritmo lento do mercado de trabalho.
Na comparação com novembro de 2019, o ICF acumula queda de 31,9%. Naquele mês, o indicador marcava 97,8 pontos. As retrações foram puxadas principalmente pela Perspectiva de Consumo (-41,6%), pela Renda Atual (-40,3%) e Expectativa de Compra de Bens Duráveis, como automóveis e a linha branca (-38,7%). Na comparação entre novembro de 2019 e agora, nenhum dos itens do índice apresentou crescimento.
Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), apurado a partir dos dados de 2,1 mil consumidores no município de São Paulo, subiu 3,8% neste mês em relação a outubro. A alta foi puxada principalmente pelas mulheres (7,7%) e pelos mais jovens, abaixo dos 35 anos (4,3%). A perspectiva é que o ICC feche novembro em 111,7 pontos – era 107,6 em outubro e 118,6 em novembro de 2019.
Segundo a Fecomércio, o que “trava” um retorno mais seguro ao mercado também pode ser visto no Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede a condição financeira momentânea dos consumidores paulistanos: nele, a queda entre novembro de 2019 e agora é de 31,1%, passando de 99,1 pontos no ano passado para 68,3 no cenário atual.
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