O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 1,8 ponto em dezembro, atingindo 114,9 pontos, o maior valor desde maio de 2010 (116,1 pontos). O ICI encerrou o quarto trimestre com média de 113,1 pontos, 14,7 pontos a mais do que a média do terceiro trimestre (98,4 pontos).

‘O Índice de Confiança da Indústria de Transformação encerra o ano com um desempenho surpreendente e muito expressivo. Após atingir o fundo do poço em abril, a recuperação da confiança, impulsionada pelos Bens Intermediários; indica que o setor esteja em uma conjuntura favorável, com aceleração da demanda e estoques ainda em nível considerado baixo. Além disso, o NUCI mostrou aumento relevante, voltando, após mais de cinco anos, a patamar próximo à sua média histórica. No entanto, o resultado do mês confirma a tendência de desaceleração das taxas de crescimento dos indicadores tanto de momento atual quanto das perspectivas futuras. Apesar das expectativas em geral indicarem otimismo, a incerteza elevada, a falta de matérias primas, a elevação de preços e a cautela dos consumidores têm deixado os empresários cautelosos em relação ao segundo trimestre’, comenta Renata de Mello Franco, economista do FGV IBRE.

Em dezembro, 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram aumento da confiança, e 17 se encontram em nível acima de fevereiro desse ano. O resultado positivo do mês é em decorrência tanto de melhores avaliações dos empresários em relação à situação corrente quanto expectativas mais otimistas para os próximos três e seis meses. Ambos Índice de Situação Atual (ISA) e Índice de Expectativas (IE) avançaram 1,7 ponto; para 119,9 pontos (o maior valor da série do ISA) e 109,6 pontos (o maior valor do IE desde maio de 2011).

O indicador que mede o nível dos estoques aumentou 3,1 pontos e alcançou novo recorde, de 129,3 pontos. Houve queda tanto da parcela de empresas que avaliam os estoques como insuficientes (de 15,7% para 14,6%) como das que avaliam os estoques como excessivos (de 8,0% para 6,5%). Em relação aos demais indicadores, houve melhora de 3,0 pontos da demanda; para 115,9 pontos, maior patamar desde setembro de 2008 influenciado pela demanda de bens intermediários e de consumo não duráveis. O indicador que mede a situação atual dos negócios caiu pelo segundo mês consecutivo para 112,6 pontos, nível ainda considerado alto em termos históricos.

Todos os indicadores que compõem o IE apresentaram resultado positivo, com destaque para o que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes que passou de 104,4 pontos para 106,8 pontos (o maior valor desde abril de 2013, 107,9 pontos). Houve aumento da parcela de empresas que preveem melhora, de 49,0% para 51,2%, e redução das que projetam piora, de 8,2% para 7,8%. Já os indicadores de produção prevista e emprego previsto variaram 1,6 ponto e 0,8 ponto, respectivamente.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada cedeu 0,4 ponto percentual, para 79,3%. Apesar do resultado negativo pelo segundo mês, a média do NUCI do quarto trimestre (79,6%) ficou 4,3 p.p. acima da média do terceiro trimestre (75,3%).

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