ATUALIZAÇÕES DO IBOVESPA:
10:20: Ibovespa: -0,25%, aos 127.507,99 pontos.
FOCUS – economistas elevam projeções para inflação e dólar em 2024
Na sessão anterior…
Na última sexta-feira, 8 de novembro, o Ibovespa (IBOV) encerrou o pregão em queda de 1,43%, aos 127.829,80 pontos.
Brasil
Nesta segunda-feira (11), o mercado financeiro local observa as novas projeções do Boletim Focus, do Banco Central (BC), para o IPCA (inflação), PIB (crescimento), Selic (juros) e dólar.
Além disso, o resultado primário do setor público consolidado em setembro.
Por causa disso, o BC concede coletiva sobre o resultado primário. Simultaneamente, Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo participam de reuniões trimestrais do BIS, em Basileia.
Balanços
Hoje, após o fechamento do mercado, serão divulgados os resultados da Sabesp (SBSP3), Itaúsa (ITSA4), 3Tentos (TTEN3), Even (EVEN3), Localiza (RENT3), Vamos (VAMO3) e São Martinho (SMTO3).
Corte de gastos
O Banco Central (BC) observa com cautela o cenário externo, especialmente considerando as incertezas trazidas por eventos como a possível volta de Donald Trump ao poder nos EUA, e o risco de dominância fiscal no Brasil, que aumenta se o pacote fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não atender às expectativas do mercado.
A demora nas medidas está pressionando o dólar e as taxas de juros futuras (DI), e o mercado exige uma definição urgente, temendo maior volatilidade.
Reuniões sobre cortes de despesas públicas ocorreram no fim de semana, com Lula e assessores, mas sem informações concretas divulgadas.
Enquanto isso, Fernando Haddad, que estava em São Paulo, deve voltar a Brasília para definir os detalhes.
Planeja-se que o pacote de medidas seja submetido ao Congresso via PEC e projeto de lei complementar.
A equipe econômica sugere limitar o reajuste do salário mínimo ao teto do arcabouço fiscal (2,5% acima da inflação), como uma forma de controlar o crescimento das despesas públicas atreladas ao piso salarial, que inclui benefícios previdenciários e sociais.
A princípio, a proposta encontra resistência de setores do governo, especialmente na área social, enquanto ministros como Wellington Dias (Desenvolvimento) defendem que o ajuste fiscal não penalize os mais vulneráveis.
Para o mercado financeiro, cortes entre R$ 30 bilhões e R$ 60 bilhões são necessários para mitigar riscos fiscais até 2026, mas ainda há dúvidas sobre o alcance e a viabilidade política do pacote.
Inflação e juros
A crescente desconfiança sobre uma possível versão desidratada do pacote fiscal de Lula, somada à depreciação do real diante do risco de um governo Trump protecionista, elevou as expectativas para inflação (IPCA) e juros (Selic).
Na pior hipótese, a taxa Selic pode ter que ultrapassar 13% para conter as pressões inflacionárias.
Na última sexta-feira (8), o IPCA de outubro superou as previsões e o teto da meta do BC, reforçando as expectativas de inflação, intensificadas pela alta dos preços dos alimentos e do dólar, que acumula alta de quase 20% no ano.
Dessa forma, a XP Investimentos elevou suas projeções para o IPCA de 2023 (de 4,6% para 4,9%) e 2024 (de 4,1% para 4,7%), além de prever uma Selic de 13,25% ao final do ciclo de alta.
Barclays e C6 Bank também revisaram para cima suas expectativas para a inflação e a Selic nos próximos anos.
Emendas
O Senado votará amanhã o projeto de lei sobre a nova regulamentação das emendas parlamentares, já aprovado pela Câmara.
Na votação, o governo tentará reinserir o bloqueio dessas emendas, que foi removido pelos deputados, restando apenas o contingenciamento.
A proposta, conforme aprovada pela Câmara, não atende aos requisitos de transparência exigidos pelo STF e obrigaria o Executivo a cortar R$ 11,5 bilhões de suas despesas programadas para 2025, cedendo esse valor às emendas de comissão dos congressistas.
Esse montante, não previsto no projeto orçamentário de 2025, contradiz os esforços da equipe econômica para promover uma revisão de gastos e controlar o crescimento das despesas públicas.
EUA
Nesta segunda-feira (11), o mercado norte-americano está fechado com o feriado do Dia dos Veteranos.
Ásia
China – O índice de preços ao consumidor (CPI) da China desacelerou para 0,3% em outubro, ante 0,4% em setembro, e o índice de preços ao produtor (PPI) registrou queda de -2,9%, aprofundando a retração anterior de -2,8%.
Na última sexta-feira (8), o mercado demonstrou insatisfação com as medidas fiscais, e a decisão de Pequim de elevar o limite de dívida de governos locais em US$ 840 bilhões foi considerada insuficiente para impulsionar o PIB.
Esses dados reforçam as dificuldades econômicas da China.