Os preços das hortaliças no atacado estão favorecendo a corrida aos mercados. Todos os produtos deste segmento analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país apresentaram, no mês de julho, tendências de queda. A batata foi a campeã de preços baixos nos mercados, mesmo depois de uma variação alta no mês de maio. A maior redução ocorreu em Belo Horizonte (45,68%) e a menor, em Recife (30,17%).

O resultado da análise está no 8º Boletim do Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), publicado nesta terça-feira (18), pela Companhia. O motivo desta variação, segundo o estudo, deve-se à grande oferta de produtos que tem se apresentado ascendente, e culminou num afluxo aos mercados atacadistas, pressionando os preços para baixo mesmo com o aumento do consumo verificado em julho. 

Entre os fatores que contribuem para os baixos preços, ainda de acordo com o boletim, está a continuação das medidas de combate ao coronavírus, mas a tendência é de normalização, com o afrouxamento das medidas de isolamento social em algumas cidades, tanto para a batata, como para a alface, tomate, cebola e cenoura que fazem parte do levantamento.

A alface só não teve menor preço na Ceasa Curitiba e na Ceagesp, sendo que em São Paulo foi influenciada pela diminuição da oferta devido à diminuição da área plantada. Já nas capitais Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro, os volumes comercializados aumentaram em relação a junho e a julho do ano passado. O menor preço ocorreu em Recife (34,76%), Vitória (16,31 %) e Rio de Janeiro (15,99%).

Para a cebola, há uma tendência de diminuição de preços até mesmo para este mês, depois de apresentar queda na maioria das capitais analisadas, com exceção do mercado que abastece Fortaleza. O movimento deve-se à pulverização e aumento da oferta nas centrais, sobretudo em Brasília, Belo Horizonte e Goiânia, onde as reduções foram de 16,76%, 15,85% e 12,98%, respectivamente.

Já para a cenoura, a sobreposição de duas safras em julho motivou uma cotação menor, embora com menor intensidade dos que os registrados em junho, como reflexo de maiores quantidades comercializadas dentro das Ceasas. A redução foi maior em Fortaleza (43,29%), seguida de  Goiânia (21%) e Vitória (21,80%).

O tomate registrou queda de preços em todos os mercados, o que vem ocorrendo desde abril. Com a demanda ainda retraída, algumas Ceasas apresentaram baixas significativas, como em Goiânia (38,06%), Fortaleza (38,15%) e Vitória (22,88%).

Frutas – A melancia teve oferta reduzida nas diversas regiões fornecedoras dessa época do ano, em especial Uruana/Ceres (GO) e nas praças do estado do Tocantins que começaram a colheita lentamente, com menor número de lavouras. O resultado foi o aumento das cotações nas Ceasas.

Os preços do mamão formosa melhoraram em parte, sobretudo no varejo, graças à boa qualidade de vários lotes e do preço mais baixo em comparação com o tipo papaya. Na primeira quinzena do mês, o papaya teve queda de preços por causa da competição com o formosa, mas voltaram a aumentar por causa da diminuição da disponibilidade da fruta nas roças.

O volume acumulado de exportações até julho de 2020 de frutas no Brasil foi de 468 mil toneladas, 0,87% menor em relação ao mesmo período de 2019. O destaque do boletim é para o crescimento nas exportações de limão, lima, maçã, banana, nozes, castanhas e laranja e a queda para melão e manga.

O acompanhamento da comercialização de frutas e hortaliças realizado pela Companhia é considerado um modelo de transparência, consolidação e divulgação de dados dos mercados atacadistas na América Latina pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O Prohort será destaque na próxima publicação elaborada pela instituição, que terá como foco a geração de informações.

Acesse outras informações sobre a comercialização das principais frutas e hortaliças comercializadas no país na edição completa do Boletim Hortigranjeiro Agosto 2020.

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