Ministra da Migração, Marjolein Faber

A Holanda anunciou nesta segunda-feira (11) que vai fechar sua fronteira terrestre com a União Europeia a partir de dezembro.

O fechamento ocorrerá a partir de 9 de dezembro e por um período de seis meses para controlar fluxos migratórios para o país, afirmou a ministra da Migração, Marjolein Faber.

“Queremos tornar a Holanda o menos atraente possível”, disse a ministra da Migração, que é da extrema direita.

Parte do Espaço Schengen, a Holanda faz parte do acordo entre países europeus sobre uma política de abertura de fronteiras e livre circulação de cidadãos e mercadorias da UE. Os países que compõem o espaço podem fechar as fronteiras “em situações extraordinárias”.

Mudança de mentalidade

A medida faz parte de um pacote amplo aprovado em outubro para conter a imigração do governo do primeiro-ministro Dick Schoof. O político lidera uma aliança de direita no governo desde julho.

O pacote também inclui a proibição da entrada de acompanhantes de solicitantes de asilo de áreas ou países em guerra. A Holanda é signatária do Estatuto dos Refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU).

As medidas foram uma exigência da ala da extrema direita, liderada por Geert Wilders, que se diz antimuçulmano. Ele também é contrário a um pacto que a União Europeia tenta fazer para uma política de asilo comum para cidadãos que fogem de guerras.

Tendência europeia?

A Holanda segue a Alemanha, que introduziu, em setembro, controles nas nove fronteiras terrestres por seis meses, até 15 de março de 2025. Áustria, Dinamarca, Noruega, França, Eslovênia, Itália e Suécia também restringiram passagens livres de forma temporária pelo mesmo motivo, “imigração irregular” e “ameaças terroristas”.

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