Guedes, que participou do segundo dia do 39º Enaex, também falou sobre a aprovação no Senado do projeto que confere independência ao Banco Central, o que ocorreu em resposta à ameaça da volta da inflação. “Como não transformar aumentos de preços em permanente? Com autonomia do BC”, disse. Para ele, os aumentos de preços setoriais são transitórios.
O ministro voltou a defender que a classe política deveria assumir o controle dos gastos públicos, que segundo ele é uma função nobre. Disse também que quer que a pressão do teto de gastos seja usada para se criar um novo ambiente fiscal no Brasil. “Queremos criar um novo regime fiscal”.
O ministro voltou a afirmar que o auxílio emergencial vai terminar em 31 de dezembro e que a partir desta data, os gastos sociais do governo vão aterrissar no Bolsa Família.
Sobre a criação de um novo programa de renda, Guedes disse que não haverá populismo e que ele não será criado se não tiver responsabilidade fiscal. “Vamos travar despesas, pagar pela crise. Não vamos deixar dívidas para nossos filhos e netos”, disse.
O ministro se comprometeu em acelerar o programa de privatizações para derrubar a relação dívida/PIB e fazer as reformas. “Esse é o plano A. Tudo o mais são hipóteses”, disse. Ainda de acordo com ministro, existe uma preocupação no governo com a oneração da folha de pagamento porque ela é uma arma de destruição em massa de empregos.
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