Por: Tayllis Zatti

Já passou da hora de falarmos sobre o metaverso! Aliás, não sei vocês, mas quando ouvi o comunicado de que o Zuckerberg alteraria o nome do grupo Facebook para Meta, não entendi muito bem se era realmente uma referência ao metaverso, uma palavrinha que dá o que falar há algumas décadas.

Mas sim, o intuito era exatamente esse. Explico: O termo metaverso surgiu em 1992, citado no livro de ficção científica “Snow Crash” do escritor americano Neal Stephenson: “O metaverso tem um componente do imaginário tecnológico do setor humano, da fusão entre o mundo físico e o virtual”.

O conceito do metaverso já era uma aposta do futuro, porém, o Facebook deixou esse termo ainda mais em evidência, alertando investidores que já tateavam esse terreno. Quer uma prova? Startups relacionadas a essas tecnologias já captaram, nada mais, nada menos, que US$10,5bi, somente esse ano, em fundos de capital de risco. Além disso, o investidor já pode encontrar novos fundos de investimentos especializados somente em companhias do tipo. Mas claro, ainda não expliquei de fato o que significa esse “tipo”.

Separa a agenda e a caneta! Metaverso é um termo que une as palavras ‘meta’ – do grego metá, que significa ir além, ultrapassar limites -, e ‘universo’. É um conceito que combina realidade virtual e aumentada, e proporciona experiências 3D. No mínimo diferente, não?

Estamos em 2021, as redes sociais já se consolidaram no nosso dia a dia. Além disso, há os constantes avanços das redes de transmissão de dados, como o próprio 5G. O metaverso, por sua vez, já é visto como um próximo passo, criando interação entre pessoas conectadas no mundo real. 

Mas a que pé estamos, afinal? O conceito está situado na literatura chamada de web 3.0. A 1.0 foi marcada pela conexão entre as pessoas e as informações. A 2.0 pela interação interpessoal via redes sociais. E esse, ao que tudo indica, é só o começo da 3.0.

Ok, ok, talvez você soubesse de algumas dessas informações, mas o que me deixou verdadeiramente surpresa e me levou a escrever esse artigo foi o fato de que o metaverso já mobiliza a indústria de luxo, big techs no geral, e até mesmo… a Disney!

Segundo uma pesquisa realizada pelo Morgan Stanley, esse novo conceito de ver o mundo, permitirá que marcas de luxo, por exemplo, ampliem sua audiência e público a partir de parcerias em plataformas como a Roblox. Já imaginou uma bolsa da Gucci, representada virtualmente, em jogos? Essa demanda tem tudo para crescer!

A Disney também conta com o metaverso em suas estratégias futuras. A companhia anunciou a seus investidores que espera conectar seu público pelo “próprio metaverso da Disney”.

Lucro! É exatamente isso que as empresas estão procurando com essa transformação digital. E que bom, não é mesmo? A beleza do capitalismo é justamente essa: as empresas crescem e impulsionam as economias como um todo; afinal, capitalismo não é um jogo de soma zero. 

A riqueza global cresceu um total de 70% na última década. De 1929 para cá, o PIB per capita mundial saltou 507%. O número de bilionários, por exemplo, também aumentou, mas a geração de riqueza deles provém, em grande parte, da inovação tecnológica das últimas décadas. Riqueza é gerada – e com isso, a qualidade de vida da população mundial só tende a aumentar -.

Explico isso porque, até hoje, manter as pessoas conectadas só deu lucro. E a tendência do metaverso é que se viva integralmente na internet.

Gostaria de finalizar dizendo que, obviamente, nenhum modelo de negócio é apenas flores e pontos positivos. Há preocupações reais que deixam o mundo em alerta, como por exemplo “ será que esse modelo tecnológico será viciante ao extremo? Ou ainda, roubará das pessoas ainda mais informações pessoais? O quão nocivo isso pode se tornar?

Ficarei atenta nos próximos meses, e te indico a fazer o mesmo; afinal, o novo capítulo da revolução digital já começou!

Até quarta-feira!

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