A Grendene anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2020, registrando Ebit de R$ 39,6 milhões e lucro líquido de R$ 29,7 milhões. Apesar da queda de 12,1% na receita líquida de vendas, em decorrência dos efeitos do novo coronavírus (COVID-19), a empresa obteve crescimento de 18,2% no Ebit, quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado.

Com o agravamento da pandemia e o isolamento social imposto, a Grendene deixou de embarcar seus produtos nos últimos dias de março, período em que se concentra a maior parcela do faturamento mensal. Nesse contexto, o volume de pares no 1T20 ficou aquém das expectativas, com queda de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda foi generalizada entre marcas, modelos e geografia.

O recuo no volume foi a principal razão para a queda da receita líquida, entretanto, mesmo com a queda das vendas, a margem bruta registrada foi de 41,2%, ligeiramente superior à do 1T19. Isso se deu em razão da melhora do CPV (Custo do Produto Vendido) no 1T20, que apresentou declínio superior (12,7%) ao da receita liquida (12,1%). O custo da mão de obra foi o principal componente que contribuiu para a queda do CPV.

Segundo o Diretor de Relações com Investidores da Grendene, Alceu Demartini de Albuquerque, os números da empresa são consistentes, porém inferiores quando comparados aos do ano passado. “A Grendene encerrou o trimestre com nível confortável de caixa, superior a R$ 2 bilhões. No cenário atual, em que as instituições financeiras pararam de conceder crédito e as vendas caíram drasticamente, o caixa garante à Companhia atravessar este delicado momento com relativa tranquilidade para cumprir seus compromissos e desenhar a estratégia para quando voltarmos ao ‘panorama de normalidade'”.

Nas palavras do diretor, ainda não é possível prever a magnitude dos impactos da Covid-19 na economia mundial e no resultado da Grendene. “A deterioração da economia foi muito rápida, no entanto a volta ao ‘novo normal’ deverá ser mais lenta e gradual. Por este motivo, ainda que a Companhia tenha um caixa robusto, estamos adotando medidas para minimizar os impactos da pandemia”.

Na execução estratégica, a companhia continuou os esforços para adequar sua estrutura de custos. As despesas operacionais recuaram 18,2% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando queda nominal superior a R$ 25 milhões.

O resultado financeiro foi R$ 61,2 milhões inferior ao do 1T19. “As aplicações financeiras tiveram resultado R$ 9,2 milhões inferior, em função do CDI menor, enquanto o resultado das operações de câmbio foi R$ 50 milhões inferior. O resultado negativo do câmbio foi atípico para a Companhia e ocorreu por conta da expressiva desvalorização da moeda brasileira. A contrapartida desta despesa de câmbio estará na receita oriunda do mercado externo à medida que retomarmos as exportações”, explica Alceu.

“O lucro líquido no 1T20 foi 61,1% inferior ao do 1T19. Menores volumes de pares no mercado interno e externo e o efeito do câmbio foram as principais razões para a queda do lucro líquido”, destaca o diretor.

(MR – Agência Enfoque)

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