Para Salim, a crise atual e o comprometimento de recursos pelo Estado com medidas para proteger a economia podem ser uma oportunidade para ampliar o rol de estatais que poderão ser privatizadas no futuro.
“Teremos que fazer reflexões até mesmo sobre empresas que até então não seriam privatizadas”, acrescentou Mattar, em referência ao grupo de nove estatais que estão hoje fora dos planos de privatização.
O grupo conta com Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, BNDES, CPRM, Emgrepron e Indústria Nucleares do Brasil (INB).
“A crise da covid-19 pegou o mundo inteiro despreparado. Não sabemos anda a magnitude e o tempo necessário para recuperação. Temos algumas incertezas”, admitiu Mattar. “Essa pandemia vai acabar em algum momento, em 60 ou 90 dias, e teremos que continuar nossa vida normal também na economia do País”, completou.
IHCD
O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia afirmou também que o BNDES vai segurar os pagamentos antecipados de Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD) ao Tesouro Nacional este ano, devido à necessidade de capital do banco de fomento para operacionalizar medidas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Salim reforçou que o governo espera a aprovação ainda este ano do projeto que permite a saída da União do controle da Eletrobras. “Mas vamos avaliar condições de mercado para privatização da Eletrobras no segundo trimestre de 2021”, afirmou. Antes da pandemia, o cronograma da equipe econômica previa a saída do controle da Eletrobras em outubro de 2020.
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