Fundos de gestão ativa ou passiva? Qual método traz maior possibilidade de encontrar títulos e ações promissores? E qual oferece um custo mais justo aos clientes? Estes questionamentos costumam inquietar investidores mais atentos às estratégias no momento de montar sua carteira.

Analistas consideram que os fundos ativos têm o mérito de aproveitar melhor as oportunidades e ganham mais flexibilidade de adaptação em tempos de incertezas profundas como os atuais. Já os passivos têm uma suposta vantagem de custo, em razão de exigir menos dos gestores e administradores. Este último ponto, no entanto, nem sempre se aplica à vida real no Brasil, o que tira dos fundos passivos as recomendações de parte dos analistas independentes.

A casa de análise Capital Research lançou um relatório em que estuda os custos pagos pelo investidor na indústria de fundos de investimentos. O assunto ganhou destaque no Exterior nos últimos anos puxado pelo crescimento de estratégias de gestão passiva por meio dos fundos de índices (ETFs). Rafael Amaral, analista CNPI da Capital e especializado em fundos de investimentos, afirma, no entanto, que essa discussão chegou no Brasil, mas “evolui a passos de tartaruga”.

“Atualmente, a redução das taxas de administração nos fundos acontece de forma extremamente lenta no país. Isso faz com que os investidores brasileiros continuem pagando taxas altíssimas quando comparadas a outros mercados”, avalia Amaral. Ele ressalta que o investidor acaba aceitando a taxa pesada no Brasil, o que desencoraja os gestores a reduzirem seus preços para não perderem para a concorrência. Em alguns fundos passivos de bancos, por exemplo, os investidores pagam taxas de administração acima de 3%, muitas vezes sem saber que estão arcando com este custo – que pode corroer todo ganho acumulado.

De acordo com João Morais, líder da área de Wealth da Mercer Brasil, a gestão ativa é uma das formas mais eficientes para os fundos performarem em momentos de crise, como o atual, uma vez que não ficam “presos” a uma estratégia. Um estudo da Mercer, empresa global de consultoria em carreira, saúde, previdência e investimentos, concluiu que ações que se mostraram apropriadas para que os investidores saíssem fortalecidos da crise de 2008 são aplicáveis ao momento atual.

De acordo com a empresa, a análise sobre as estratégias que se mostraram vencedoras em 2008 e que são recomendáveis para os investidores institucionais diante da crise atual podem ser resumidas em três pilares: atuar de forma dinâmica, não abandonar a gestão ativa e diversificar a carteira de investimentos.

Para a Mercer, esta gestão ativa pode perseguir, inclusive, oportunidades internacionais para potencializar suas performances. Isso porque a diversificação internacional em títulos e ações proporciona não só acesso a mercados com ciclos econômicos e características bem diversas como também a empresas e setores em que o investidor local não tem acesso usando apenas os ativos disponíveis no Brasil – o que é mais difícil que ocorra com os fundos de gestão passiva.

“Por apresentar maior exposição a companhias de setores que por vezes até se beneficiam de algumas crises e outros que têm posição mais sólida em uma recuperação global, verificamos que em tempos de crise os investimentos no exterior são menos impactados, ao passo que nos anos de recuperação as bolsas internacionais mostram resultados mais consistentes”, exemplifica Morais.

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