INTERNACIONAL: Bolsas caem e dólar sobe com aversão ao risco

Futuros indicam que o S&P pode devolver parte da forte alta de ontem e bolsas europeias recuam enquanto os investidores digerem as ações de bancos centrais e governos para conter os efeitos do coronavírus. Califórnia declarou estado de emergência devido ao vírus e Suíça teve primeira morte; na Austrália, ministro das Finanças disse que estímulo virá muito em breve. Dólar avança ante moedas emergentes pares do real. Iene e ouro sobem com busca por proteção com sinais de que a epidemia segue se alastrando. Petróleo estende baixa; metais sustentam alta em Londres e minério de ferro sobe com investidores atentos a suporte de BCs.

ECONOMIA/PODER: PIB do Brasil cresceu 1,1% em 2019

• O PIB do Brasil cresceu 1,1% em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. (Folha)
• A desaceleração do PIB de 2019 em relação a 2018 é explicada pela queda nos gastos governo, piora nas exportações e importações e crescimento menor do consumo e dos investimentos. (Folha)
• O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a economia brasileira está se acelerando lentamente, à espera de reformas. Para ele, a alta de 1,1% do PIB em 2019 veio dentro do previsto. (Folha)
• Os gastos das famílias brasileiras permaneceram como o principal motor da economia do país no ano passado. (Estadão)
A construção civil, que vinha dando tração à retomada, também teve queda significativa, de 2,5%, no quarto trimestre. (Folha)
• A nova disparada do dólar contra o real, que se aproxima agora da marca de R$ 4,60, elevou os pedidos no mercado por um programa robusto de intervenção do Banco Central no câmbio. (Valor)
• O relator da reforma tributária o projeto no Congresso, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), decidiu adiar para o dia 28 de abril a apresentação do parecer na comissão especial do Congresso e deixar a votação para 05 de maio.(Valor)
• O Fundo Monetário Internacional vai disponibilizar US$ 50 bilhões para ajuda financeira emergencial a países atingidos pela epidemia do coronavírus. (Valor)
• Foi confirmado ontem em São Paulo um terceiro caso importado do novo coronavírus no Brasil, de um empresário colombiano de 46 anos. (Estadão)

EMPRESAS: CEO do IRB renuncia e Süffert assume como interino

AREZZO (ARZZ3): A companhia Arezzo reportou lucro líquido de R$ 162,139 milhões em 2019. O valor representa alta de 13,67% na comparação com o lucro líquido de R$ 142,644 milhões de igual período do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, em balanço enviado à CVM. Enquanto isso, a receita da companhia fechou o ano em R$ 1,679 bilhão. O resultado representa crescimento de 9,99% ante a cifra de R$ 1,526 bilhão na mesma base de comparação. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 50,2%, para R$ 96,3 milhões no quarto trimestre, em relação ao mesmo período de 2018. Os investimentos da companhia no quarto trimestre do ano avançaram 74,3%; para R$ 22 milhões, enquanto, ao longo de 2019, o Capex somou R$ 65,6 milhões, uma alta de 35% sobre 2018.

IRB BRASIL (IRBR3): O diretor de finanças e de Relações com Investidores da BB Seguridade, Werner Suffert, será o novo diretor financeiro do IRB Brasil Re, após a queda do alto escalão do ressegurador. O movimento é resultado da crise que emergiu após a negativa da Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, de compra de ações da companhia, mesmo após os executivos terem confirmado a aquisição. Suffert, nesse primeiro momento, também acumulará a presidência da companhia. Um dos pontos que pesaram favoravelmente para a escolha de Suffert foi sua experiência no demonstrativo financeiro no mercado de seguros, de forma a deixar claro os ganhos recorrentes e os não-recorrentes. Segundo uma fonte do conselho, o desconforto com a administração da companhia emergiu; com a crise gerada pela negativa do fundo Berkshire Hathaway sobre a compra de ações do IRB, mesmo após o então alto escalão do ressegurador ter confirmado a analistas sobre o aumento da participação do fundo. A decisão, assim, foi de trocar a alta cúpula do ressegurador rapidamente.

POSTO BR (BRDT3): Privatizada há oito meses, a BR Distribuidora terá a partir dessa semana uma nova identidade. A mudança de visual dos seus 7,7 mil postos deve se estender pelos próximos cinco anos e consumir R$ 1 bilhão em investimentos; cifra que será rateada entre a empresa e seus franqueados. A transformação começa amanhã em cinco capitais das quatro regiões do País e no Distrito Federal – Belém (PA), Brasília (DF), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Em seguida, será lançada uma campanha publicitária para comunicar ao grande público o que a empresa planeja ser daqui para frente.

SID NACIONAL (CSNA3): Lucro líquido do quarto trimestre da Companhia Siderúrgica Nacional no quarto trimestre do ano passado, de R$ 1,133 bilhão, veio acima das expectativas do mercado. Ebitda ajustado, de R$ 1,58 bilhão, veio em linha com as projeções. A receita líquida da empresa, ainda no intervalo entre outubro e dezembro de 2019, de R$ 6,524 bilhões, veio 7% acima das estimativas de mercado (R$ 6,072 bilhões).

TRANSMISSÃO PAULISTA (TRPL4): Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (ISA Cteep) reportou lucro líquido de R$ 515,7 milhões no quarto trimestre de 2019, pelo padrão IFRS. O ganho é 27,7% menor na comparação com os R$ 713,55 milhões de igual etapa do ano anterior. Pelo critério regulatório, muito observado por profissionais de mercado que acompanham a empresa, o lucro líquido alcançou R$ 345,4 milhões, queda de 22,8% ante os R$ 191 milhões de um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 621,536 milhões pelo padrão IFRS no período entre outubro e dezembro, 16,9% abaixo dos R$ 748,27 bilhão anotados em igual etapa do ano passado. O forte ritmo de investimentos adotado no último ano, com o consequente aumento do endividamento e das despesas financeiras, pressionou os resultados do quarto trimestre. Para fazer frente aos desembolsos, a empresa realizou captações encerrando o ano com uma dívida bruta cerca de R$ 230 milhões mais elevada, de R$ 3,244 bilhões.

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