Os fundos de investimento registraram no ano passado uma captação líquida de R$ 191,6 bilhões, o dobro do visto em 2018, que marcou R$ 95,4 bilhões, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 9, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar do crescimento, o volume ainda está abaixo de 2017, quando a entrada líquida (com o desconto dos resgates) foi de R$ 263,8 bilhões, valor recorde.

Pela primeira vez na série histórica, os fundos de ações foram o que mais captaram no ano, com entrada líquida de R$ 86,2 bilhões em 2019, aumento de 195% em um ano. Apenas em dezembro a captação líquida foi de R$ 16,9 bilhões. Foi dos o melhor resultado anual dos fundos de ações.

Os fundos multimercados tiveram captação líquida de R$ 66,8 bilhões no ano passado, aumento de 37,3% no ano.

“Diante das recentes reduções de juros e da renovação das expectativas em relação à manutenção da taxa Selic, intensificou-se o movimento de diversificação na alocação de recursos por parte dos investidores ao longo do ano. Isso explica o melhor desempenho da classe ações na sua história e a maior saída líquida da classe renda fixa dos últimos anos”, segundo a Anbima.

Os fundos de renda fixa registram, assim, resgate líquido de R$ 69,3 bilhões. Foi o segundo ano consecutivo de resgate líquido e o pior resultado histórico. Além dessa classe da indústria, os fundos cambiais também registram mais resgate do que entrada de recursos, com saída líquida de R$ 715 milhões. Os demais ficaram no azul.

Em relação às rentabilidades da indústria, os tipos que compõem a classe ações foram destaque com todos os tipos rentabilizaram acima do o Ibovespa no acumulado ano. Os tipos small caps e valor/crescimento apresentaram os maiores ganhos em 2019, 51,98% e 45,76%, respectivamente.

A exceção na modalidade foi o exclusivo ações, que fechou 2019 com queda de 0,12%.

Fernanda Guimarães

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