CENÁRIO EXTERNO

Crescimento vs. Inflação

Crescimento vs. inflação

Ativos de risco estão ensaiando uma nova sessão de recuperação nesta 6ªfeira, depois do receio com o retorno da inflação nos EUA, corroborado por um CPI acima das expectativas, ter pressionado as bolsas no início da semana. Nesta manhã, o foco parece estar se voltando para os benefícios de uma recuperação econômica robusta na principal economia do mundo. Como destaque, o investidor recebe dados de atividade setorial, que apontaram o desempenho do varejo e da indústria em abril.

Volatilidade

Apesar da melhora recente, os preços esticados que estão sendo praticados no mercado deverão manter investidores na ponta dos pés quando o assunto é inflação. Para as próximas semanas, continuamos acreditando na consolidação de um ambiente de maior volatilidade na medida em que a retomada das principais economias do mundo segue puxando índices acionários em direção a máximas históricas.

Na agenda

Assim como já antecipamos, as atenções se voltarão aos EUA nesta amanhã, onde saem as vendas no varejo (est.: +1,1% m/m); às 9h30, e a produção industrial (est.: +1,3% m/m), às 10h15, ambos referentes ao mês de abril. Em seguida, às 11h, a Universidade de Michigan divulga a leitura preliminar de maio do seu índice de confiança do consumidor (est.: 90,0).

CENÁRIO BRASIL

Derrota bilionária e mais constrangimento na CPI da pandemia

STF impõe derrota bilionária à União

A cúpula do STF impôs uma derrota bilionária à União ao decidir, por um placar de 8 a 3; que se retirasse o ICSM da base de cálculo do Pis/Cofins. Na medida em que a decisão reduz o poder de arrecadação da união, pois retira uma importante fonte de incidência do tributo federal, pode acarretar sérias perdas ao Estado. A equipe econômica do governo ainda não comunicou exatamente qual o montante a ser perdido com a medida, mas já se aventa um valor próximo de R$ 250 bi ao longo de 5 anos – valor nada desprezível dada a dinâmica explosiva recente da dívida e a recorrência dos déficits primários nas contas públicas.

CPI continua em foco

A CPI da pandemia voltou a promover o desgaste social e político do Planalto. O depoimento de Carlos Murrilo, gerente-geral da Pfizer no Brasil, deixou claro a negligência do governo federal frente à obtenção de vacinas – algo que já era conhecido, mas que foi “requentado” pelo gerente-geral da empresa. O depoimento do empresário também evidenciou como o próprio depoimento de Wajngarten, ex-secretário de Comunicação, foi caracterizado pela desonestidade: ao contrário de Wajngarte, Murillo confirmou que Carlos Bolsonaro esteve em uma reunião com representantes da empresa em novembro do ano passado. O comentário alimentou a narrativa de que existe uma espécie de gabinete paralelo não-técnico de aconselhamento, contribuindo para o desgaste do governo.

Mas a CPI continua

A CPI da pandemia dá continuidade aos seu trabalho de investigar ações e omissões do Governo Federal no âmbito da pandemia. O próximo depoente é Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exterior. Este será outra possível fonte de constrangimento para o governo, pois está claro que o principal objetivo dos senadores independentes e de oposição será traçar um link claro entre possíveis atritos diplomáticos com a China – algo que foi aventado durante seu mandato como ministro – e o recebimento de insumos, principalmente o IFA, para produzir vacinas domesticamente. Este depoimento tem potencial de ser mais fervoroso ainda, tendo em vista que a exoneração de Araújo foi motivada justamente pelos senadores.

A CPI e os mercados

Como comentamos recentemente, os mais recentes desenvolvimentos da CPI ainda não exerceram pressão relevante sobres os mercados. Isto ocorre devido ao fato de que, por mais constrangedor que esteja sendo todo o processo para o governo; não há indícios de que travará a pauta de reformas. Isto ficará claro somente quando as pautas prioritárias, como as reformas administrativa e tributária, chegaram ao Senado para serem votadas. O clima da Casa Alta pode ficar ainda mais tenso devido à CPI, e o embate recente entre governistas e Renan Calheiros – um influente veterano do Congresso – tem o potencial de nutrir barreiras ao trâmite destas pautas. Enquanto isto não ocorre, entretanto, o índice continuará se beneficiando dos preços elevados das commodities no mercado internacional, além do ambiente de liquidez global amplamente disponível.

Na agenda

Não existem indicadores relevantes a serem divulgados ao longo desta 6ªfeira.

E os mercados hoje?

Mercados globais esboçam dar início a mais um dia de recuperação, com dados de atividade americana em foco após o receio com a inflação pressionar ativos no início da semana. No Brasil, onde o dia reserva uma agenda fraca, os investidores reagem aos balanços de Magazine Luiza, que superou expectativas, e Petrobras, que apresentou um lucro abaixo do esperado, ambos divulgados ontem à noite. Desta forma, esperamos mais uma abertura de viés positivo para ativos de risco locais; que devem acompanhar a melhora externa enquanto seguem se beneficiando da alta contínua dos preços das commodities.

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