Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) chegaram ao final de 2020 dando sinais de força em meio à pandemia. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os FIIs estiveram entre os poucos instrumentos de captação que apresentaram em novembro mais emissões do que no mês anterior.

Naquele mês, o montante emitido foi de R$ 4,7 bilhões, 50,7% acima do volume de outubro. Nos primeiros 11 meses de 2020, os FIIs acumulavam R$ 37,6 bilhões em emissões, contra R$ 34,4 bilhões do mesmo período de 2019, aumento de 9,2%.

A quantidade de investidores também vem se multiplicando. Relatório da Economatica mostra que em dezembro passado havia 3,73 milhões de cotistas nos FIIs, 91,7% a mais do que dezembro de 2019 – um crescimento de 1,78 milhões de cotistas. A liquidez – até pouco tempo atrás fator de preocupação entre investidores destes papéis – também tem evoluído.

“Em 2018, as negociações diárias com FIIs movimentavam R$ 43,5 milhões, que saltaram para R$ 118,3 milhões no ano seguinte e para R$ 207,9 R$ milhões em 2020 ”, detalha o gerente comercial da Economatica, Einar Rivero.

Por outro lado, a mediana do dividend yield (DY) dos FIIs negociados na B3 ficou em 5,09% em 2020, que é o menor valor registrado na década. Já a média de todos os ativos do IFIX (índice que mede a performance dos FIIs na B3) ficou em 5,82%. A maior média de DY da análise da Economatica é dos fundos enquadrados como Títulos Valores Mobiliários (TMV), com 6,57%, seguidos pelos Híbridos (5,92). “Em seguida vêm as Lajes Corporativas, com média de DY de 5,68% em 2020, Logística, com 4,99%, outros tipos, com 4,54%, e shoppings, com 3,16%”, detalha Rivero.

Tiago Reis, fundador da Suno Research, exlica que o cenário de retomada da economia esperada para 2021 poderá beneficiar os fundos imobiliários, uma vez que o segmento é extremamente sensível as oscilações da atividade no Brasil. “Mesmo com os efeitos da crise e considerando uma potencial recuperação nos níveis de atividade econômica, existem algumas excelentes oportunidades para 2021”, afirma.

Reis menciona três FIIs nos quais aposta neste ano: HSI Malls (HSML11), que vem ganhando forte representatividade no mercado, Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11), cujos investimentos são destinados principalmente para ativos de títulos e valores mobiliários, e CSHG Renda Urbana (HGRU11), fundo de tijolo que investe o capital dos cotistas em empreendimentos imobiliários urbanos de uso comercial e institucional.

“Para 2021, vemos um cenário bastante promissor para a indústria de fundos imobiliários, o que deve impactar ainda mais o valor das cotas e da distribuição de dividendos”, diz Tiago. O segmento de logística, exemplifica, foi um dos que mais cresceu em meio à recessão.

A disparada desse setor se deu principalmente pelo aumento das vendas onlines, tendo em vista a impossibilidade de locomoção da população. Com isso, galpões de armazenagem e centros de distribuição foram ativos valiosos.

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