A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,4 ponto em outubro, para 97,1 pontos, após subir por cinco meses consecutivos.

‘O recuo discreto da confiança empresarial pode ser entendido como um movimento de acomodação após uma sequência de altas que levaram o índice ao nível do período anterior à chegada da pandemia de covid-19 no país. A Indústria continua se destacando, com níveis de confiança que não eram vistos desde 2011, seguida pela Construção. Em ambos os setores, a confiança continuou avançando em outubro. No sentido oposto, o Comércio e os Serviços registram quedas puxadas por revisões de expectativas, que podem refletir tanto a preocupação com os rumos da crise sanitária quanto com a perspectiva de algum desaquecimento da demanda com o fim do período mais intenso dos programas emergenciais’, comenta Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas da FGV IBRE.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu pela sexta vez consecutiva, agora em 3,6 pontos, para 96,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 3,1 pontos, para 97,9 pontos, num movimento de revisão das expectativas após cinco altas consecutivas. A diferença entre ambos os indicadores em outubro é de 1,3 ponto, menor valor desde maio de 2020.

Pelo lado das expectativas, os empresários manifestam certa neutralidade (nem otimismo nem pessimismo); em relação à evolução dos negócios pelo lado da demanda nos próximos três meses, mas reveem suas expectativas em relação à evolução dos negócios nos próximos seis meses. O componente de Demanda (3 meses) subiu 0,7 ponto enquanto a Tendência dos Negócios (6 meses) recuou 0,7 ponto. O componente de Emprego Previsto (três meses) recuou 0,3 ponto.

‘O ICE de 97,1 pontos em outubro ficou muito próximo ao de janeiro deste ano (96,6 pts); ambos em nível inferior àquele considerado como sendo de neutralidade (100 pontos). Há também diferenças em sua composição. Em outubro, o ISA-E ficou 3,5 pontos acima de janeiro enquanto o IE-E ficou 4,9 pontos abaixo. Este resultado reflete uma combinação de aquecimento no momento presente, reforçado pelos pacotes emergenciais, e certa cautela com o futuro próximo. Se os resultados setoriais de países que foram afetados pela pandemia antes do Brasil servirem como antecedentes para os nossos; é possível que os índices de expectativas mantenham a fase de revisões por mais algum tempo’, acrescenta Aloisio.

A confiança da Indústria continuou a evoluir favoravelmente em outubro, com aumento do grau de satisfação com a situação atual e do otimismo em relação aos meses seguintes. A construção tornou a subir em outubro e já recuperou as perdas do pior momento da pandemia. A confiança dos setores de Comércio e Serviços recuou pela primeira vez desde o início da recuperação, em maio. No Comércio, a queda foi motivada pela piora da percepção atual e das expectativas para os próximos meses. Já a confiança do Setor de Serviços, que registra a recuperação mais lenta entre os setores, teve seu recuo justificado pela piora das expectativas; frente à dinâmica da pandemia e incertezas em torno da continuidade de recuperação do setor.

Difusão da Confiança

Em outubro, a confiança empresarial avançou em 69% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma diminuição da disseminação frente aos 80% do mês passado. A piora relativa ocorreu em todos os setores, com exceção à Construção, em que a alta da confiança ocorreu em todos os segmentos. No Comércio, todos os segmentos registraram piora em outubro.

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