A empresa a ser explorada hoje é a Oi (OIBR3; OIBR4), a principal provedora de serviços de telecomunicações do país, com presença nacional, totalmente integrada. Atualmente, a Companhia passa por um longo processo de recuperação judicial, sendo um dos casos mais conhecidos de turnaround da bolsa de valores.

A Oi

A Oi oferece serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga, TV por assinatura, transmissão de dados e provedor de internet, além de vários outros serviços corporativos e de atacado, como serviços de rede de transporte e backbone internacional. Adicionalmente, a Oi oferece mais de dois milhões de pontos públicos de rede Wi-Fi disponíveis em diversos locais, como por exemplo, aeroportos e shoppings centers.

A empresa é a principal provedora de serviços de telecomunicações do país, com presença nacional, totalmente integrada. A Companhia tem como objeto social a exploração de serviços de telecomunicações e atividades necessárias, ou úteis à execução desses serviços, na conformidade das concessões, autorizações e permissões que lhe forem outorgadas.

Além disso, também é uma concessionária responsável pelo Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) nas Regiões I e II do Plano Geral de Outorgas (PGO), que abrange todos os estados da federação exceto São Paulo, além do Distrito Federal. Os contratos de concessão tem vigência até 31 de dezembro de 2025. Além disso, a Oi possui autorização da ANATEL para a prestação de serviços de Telefonia Móvel (SMP) em todo o país.

Em síntese, a Companhia oferece um leque diversificado de serviços. Entretanto, com vistas a tornar mais abrangentes suas ofertas e apoiando-se nos diferenciais estratégicos da integração e da convergência, no final de 2011, a Companhia mudou a forma de conduzir os negócios, passando a adotar uma visão segmentada por cliente (Residencial, Mobilidade Pessoal e Business-to-Business (B2B)) e não mais por produto.

Breve histórico e Recuperação Judicial

A Oi originalmente era o braço de telefonia móvel da Telemar, empresa fundada em 1998. Em 2007, após uma reestruturação societária, houve a formação de uma companhia única, e posterior negociação na bolsa de valores sob o nome de Oi Participações S.A.

Entretanto, após isso, a empresa começou a tomar uma série de decisões equivocadas prejudicando todo seu operacional e financeiro. A mais emblemática delas com certeza foi a aquisição e controle da Brasil Telecom, em 2009. O que a Oi não esperava era o surgimento de R$ 1,29 bilhão em dívidas da Brasil Telecom, o que dobrou o passivo da Oi.

Após seguir na trajetória de fusões e aquisições que pouco agregaram à companhia, a Oi entrou com um pedido de Recuperação Judicial em 20 de junho de 2016, sendo este o maior da história do Brasil.

O plano estratégico da Oi

De 2016 a 2018, o foco da Oi estava na reestruturação judicial de dívidas e proteção do caixa, focando em:

●  Aumento de capital;
●  Nova governança;
●  Estabilidade e recuperação operacional, com retomada gradual de investimento.

Já em 2019 iniciou-se a fase 2 do plano estratégico da empresa, com foco em:

●  Venda de Ativos, funding e caixa;
●  Transição estratégica do modelo;
●  Simplificação e eficiência operacional.

Por fim, para a fase 3 do plano, previsto para ser concluído em 2021, a empresa pretende fazer a:

  • Reconfiguração da Oi para sustentabilidade e geração de valor;
  • Consolidação do novo modelo estratégico;
  • Preparação da empresa para voltar a crescer.

Razões para investir na Oi

Primeiramente, é importante o nosso assinante entender que a companhia passa por um momento extremamente delicado, sendo uma operação com risco real de perda total do capital investido. Ao mesmo tempo, também oferece um grande potencial de retorno caso o plano de Recuperação Judicial dê certo. Nessas horas, é sempre bom lembrar do velhinho de Omaha, Warren Buffett, e uma de suas principais regras de investimento:

Regra número 1: nunca perca dinheiro. Regra número 2: nunca se esqueça da regra número 1.

Então, estando ciente da situação de alto risco e alto retorno envolvendo a Oi, quais fundamentos são favoráveis à um investimento na companhia?

A empresa pretende viabilizar a criação da maior empresa de infraestrutura de Telecom do país, massificando fibra ótica, habilitando banda larga, 5G e serviços empresariais.

Dessa forma, ela pretende criar um novo modelo de empresa, reorganizada, com capacidade de investimento, geração de receitas e sustentabilidade de longo prazo.

A companhia irá dividir as operações na marca Oi, que terá o foco na experiência dos clientes, com inovação e excelência no desenvolvimento de soluções e relacionamento com os clientes e na Infra CO, uma separação estrutural e rede neutra de fibra ótica. Assim, pretende ter uma rede abrangente, robusta, granular, com melhor previsibilidade de receitas e acesso aos mercados financeiros.

Por fim, a companhia informa que busca ser uma empresa mais leve e ágil, focada no futuro, tentando a liderança nos mercados em que atua, que fará sentido na vida dos clientes, com foco em uma atuação mais efetiva, utilizando a melhor rede do Brasil.

Sendo assim, a principal tese de investimento se baseia na esperança da companhia conseguir colocar em prática tudo que planeja.

Os Principais Riscos

Como já é do seu conhecimento, a Oi e suas subsidiárias estão cumprindo as disposições do plano de Recuperação Judicial. Em caso de descumprimento do Plano, o processo de recuperação judicial poderá ser convertido em falência por decisão do juízo da 7a Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro (“Juízo da RJ”);

A Companhia está sujeita a numerosos processos judiciais e administrativos, que podem afetar adversamente de forma relevante seus negócios, resultados operacionais e condição financeira;

A operação da empresa depende de sua capacidade de manter, aperfeiçoar e operar eficientemente os seguintes setores: contabilidade, cobrança, serviço ao cliente, tecnologia da informação e gerenciamento de sistemas de informação e confiar nos sistemas de prestação de serviço de cobrança das empresas com as quais a Companhia mantém contratos de interconexão;

As operações da Companhia dependem de sua rede, que inclui elementos pertencentes e administrados por terceiros. Uma eventual falha de sistema pode causar atrasos ou interrupções no serviço, o que pode trazer prejuízos à Oi;

A Companhia pode não conseguir implementar, tempestivamente ou sem incorrer em custos não previstos, seus planos de expansão e melhoria da sua rede, o que poderia atrasar ou evitar a implementação bem-sucedida de seus planos de negócios, resultando em receitas e lucro líquido menores do que esperado;

A saída de membros chave da administração da Companhia, ou a incapacidade de atrair e manter membros qualificados para integrá-la, podem ter um efeito adverso relevante sobre seus negócios.

Os Principais Números

P/LP/VPAMargem LíquidaDividend
Yield (12m)
ROEDívida Líquida
/EBITDA
-0,601,31-92,15%0%-219,17%6,45

Não se assuste, vamos explicar os indicadores para você:

Preço/Lucro é o múltiplo que indica o número de anos que o investidor receberia de volta o capital investido, considerando que os lucros se mantivessem constantes;

Preço/Valor Patrimonial por Ação indica quantas vezes o mercado está pagando pelo Patrimônio Líquido da empresa;

Margem Líquida indica o quanto a empresa teve de lucro sobre sua Receita Líquida.

Dividend Yield indica quanto a empresa pagou de dividendos em relação ao preço atual nos últimos 12 meses.

ROE é a Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido, ou seja, quanto de lucro a empresa teve em relação a seu patrimônio.

Dívida Líquida/EBITDA é quanto tempo levaria para pagar a dívida líquida da empresa (Bruta – Caixa) considerando o EBITDA atual. Normalmente, esse indicador é saudável quando ele é menor que 3.

Como você pode perceber, os indicadores da Oi mostram uma companhia ainda com dificuldades, dando prejuízos e endividada. Conforme exposto anteriormente nesse artigo, é um case de turnaround, onde se der certo o investidor terá elevados retornos, mas se der errado é possível perder todo o capital investido na empresa.

Então, compro Oi?

Isso é você quem tem que decidir, mas obviamente estamos aqui para te ajudar.

A nossa plataforma de carteiras recomendadas é a mais completa do país, possuindo relatórios, análises e recomendações de mais de 15 equipes de analistas das principais corretoras e bancos do país.

Acesse as nossas Carteiras Recomendadas, confira a opinião dos analistas sobre a Oi e tome sua decisão apoiada pela maior variedade do mercado financeiro.

Fonte: RI da Companhia

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