Segundo divulgação da companhia, os erros contábeis informados em 28 de fevereiro, com ajustes na receita líquida, eram de R$ 250 milhões entre 2015 e 2019.
Agora, a CVC estima que tais erros representam R$ 350 milhões, incluindo exercícios anteriores a tal período.
Por outro lado, a companhia prevê recuperar R$ 55 milhões em tributos pagos indevidamente.
Com o cancelamento de viagens e bilhetes aéreos devido à crise, a CVC teve impairment de cerca de R$ 475 milhões no 1T20, referentes a ativos intangíveis originados na aquisição de empresas, principalmente na Argentina e R$ 81 milhões em créditos de tributos diferidos relativos a prejuízos acumulados e diferenças temporárias, que dificilmente serão utilizados em um período razoável (embora seja possível utilizar no futuro).
Até 30 de julho, o volume de cancelamento de viagens totaliza R$ 96 milhões. Desse montante, cerca de R$ 13 milhões não são recuperáveis. A companhia também teve custo de cerca de R$ 3 milhões com repatriação de passageiros durante a pandemia.
Atualmente, a inadimplência é de R$ 72 milhões em saldos em aberto a receber de clientes de franquias, sendo esses de baixa expectativa de recebimento.
A CVC também conta com perdas relacionadas a contratos com fornecedores de créditos para utilização futura, de pagamentos antecipados e já efetuados, como hotéis, cias aéreas, navios, totalizando cerca de R$ 16 milhões.
No total, a CVC tem um saldo de R$ 380 milhões, com cias aéreas, em bilhetes já pagos. Tal montante poderá resultar em prejuízos adicionais caso as companhias não honrem seus compromissos.
Por fim, a empresa informou que pretende fazer, em breve, uma capitalização para fortalecer sua posição financeira.
Impacto: Negativo. A crise teve impacto relevante nas operações da CVC. Porém, a situação deverá seguir complicada para a empresa enquanto a situação sanitária não se normalizar.
