O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 20,4 bilhões em julho de 2022, ante déficit de R$ 10,3 bilhões em julho de 2021, segundo dados do Banco Central (BC). No Governo Central e nos governos regionais, houve superávits respectivos de R$ 20,0 bilhões e de R$ 1,8 bilhão, e nas empresas estatais, déficit de R$ 1,3 bilhão no mês. Nos doze meses encerrados em julho, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$ 230,6 bilhões, equivalente a 2,48% do PIB.

Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$42,9 bilhões em julho de 2022, comparados a R$45,1 bilhões em julho de 2021. No acumulado em doze meses até julho, os juros nominais somam R$586,4 bilhões (6,31% do PIB), comparativamente a R$323,5 bilhões (3,94% do PIB) nos doze meses até julho de 2021.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$22,5 bilhões em julho de 2022. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$355,9 bilhões (3,83% do PIB), reduzindo-se 0,40 p.p. em relação ao déficit acumulado até junho de 2022.

Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)

A DLSP atingiu 57,3% do PIB (R$5,3 trilhões) em julho, reduzindo-se 0,5 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu o efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,6 p.p.), do superávit primário (redução de 0,2 p.p.), da variação da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.), dos juros nominais apropriados (aumento de 0,5 p.p.), e da valorização cambial de 0,95% (aumento de 0,1 p.p.). No ano, o aumento de 0,1 p.p. na relação DLSP/PIB foi influenciado pelos juros nominais apropriados (aumento de 3,5 p.p.), pelo efeito da valorização cambial acumulada de 7,0% (aumento de 1,1 p.p.), pelo efeito da variação da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida (aumento de 0,9 p.p.), pelo crescimento do PIB nominal (redução de 3,8 p.p.), e pelo superávit primário acumulado (redução de 1,6 p.p.).

A DBGG – que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 77,6% do PIB (R$7,2 trilhões) em julho de 2022, redução de 0,4 p.p. do PIB no mês. Essa evolução decorreu, principalmente, do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (redução de 0,1 p.p.), e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.). No acumulado no ano, a redução de 2,7 p.p. decorreu do crescimento do PIB nominal (redução de 5,3 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (redução de 1,7 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada (redução de 0,4 p.p.) e dos juros nominais apropriados (aumento de 4,7 p.p.).

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