Empresas e alta do dólar, em alguns casos, podem colher bons benefícios com o movimento. Ultimamente essas altas tem ocorrido com mais frequência, acendendo o alerta para economias emergentes, incluindo o Brasil, e, por consequência, algumas empresas locais.

Enquanto alguns papéis são prejudicados com a valorização do câmbio, outros, tendem a ganhar neste cenário. Por isso, vamos apresentar 4 empresas que se beneficiam com a alta do dólar.

Mas antes começar, qual o motivo de algumas empresas se beneficiarem com a alta do câmbio?

Basicamente, as empresas que se beneficiam com a valorização do dólar são aquelas que possuem como principal atividade a exportação. Assim como, aquelas que apresentam receitas dolarizadas e os custos em reais.

Na pratica, significa que essas empresas lucram com seus produtos/serviços, em grande parte, em dólar. Portanto, a alta reflete diretamente no EBTIDA da companhia que, por consequência, impacta no valor das ações.

Na hora de investir, antes de pensar só no lado bom, lembre-se que algumas empresas também possuem dívidas em dólar, portando esteja ciente da condição financeira da empresa escolhida.

Empresas e alta do dólar, quem ganha com isso?

Suzano (SUZB3)

A Suzano, do setor de papel & celulose, é um exemplo de exportadora que tende a se beneficiar quando o dólar sobe, pois reflete diretamente no lucro da companhia. A empresa é a segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e a maior fabricante de papéis de impressão da América Latina. Possui diversas marcas e linhas de negócios: não-revestidos, papéis para casa e escritório, revestidos e papel-cartão. Líder na produção de papéis no Brasil (juntamente com a Votorantim e International Paper), sendo uma empresa de base florestal que tem 90 anos de atuação e subsidiárias em diversos países como nos EUA, Suíça, Inglaterra e Argentina.

Vale (VALE3)

A Vale, do setor de mineração, também sofre influências com a movimentação do câmbio, pois também possui receitas e custos em dólar. A companhia é a maior produtora de minério de ferro do mundo e a segunda maior produtora de níquel, sendo responsável também pela produção de minério de manganês, ferro-ligas, cobre, carvão térmico e coqueificável, fosfatos, potássio, fertilizantes, cobalto, caulim e metais do grupo da platina. Possui operações ao redor do globo, porém suas minas de minério de ferro são mais concentradas no Brasil.

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau, do setor de siderurgia, é outra empresa que se beneficia com a alta do câmbio, muito em virtude de possuir fortes operações nos Estados Unidos. A empresa é a maior produtora de aços longos do Brasil e uma das principais fornecedoras de aços longos especiais do mundo, além de ser a maior recicladora da América Latina, transformando anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço ao redor do mundo. Possui mais de 110 anos de atuação no mercado de aço, cerca de 60 siderúrgicas globalmente e opera sob divisões no Brasil, América Norte, América Latina e Ásia. É listada nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri.

JBS (JBSS3)

A JBS, setor de frigoríficos, tende a colher positivamente os efeitos da alta do dólar via exportação de proteína. As principais atividades do grupo são produção, distribuição, comercialização e exportação de carne bovina processada, congelada e fresca, aves de capoeira, suínos e seus subprodutos. Além disso, atua no processamento de carne de vaca, porco, borrego, frango e também produz valor acrescentado e produtos alimentares de conveniência.

A JBS é atualmente a maior processadora de proteína e a segunda maior empresa de alimentos do mundo, com centenas de instalações de produção, estando presente em mais de 22 países nos cinco continentes. As principais marcas do grupo ao redor do globo são: Swift, Friboi, Seara, Maturatta, Plumrose, Pilgrim’s Pride, Gold’nPlump, Gold Kist Farms, Pierce, 1855, Primo e Beehive.

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