A agenda ESG, do inglês Enviromental, Social and Governance, para aspectos ambientais, sociais e de governança, tem tornado as políticas de diversidade de gênero um requisito competitivo importante para o mercado corporativo.

Segundo trabalho publicado em maio deste ano por Monique Cardoso, mestra em Gestão para Competitividade pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a presença feminina em cargos de liderança pode, inclusive, impulsionar a performance de uma empresa em relação aos princípios socioambientais.

De acordo com a pesquisa, organizações com ao menos uma mulher na alta administração têm melhores notas em índices ESG, tanto de modo geral, como nos aspectos ambiental e social isoladamente. Com relação à governança, o resultado é neutro.

Para chegar a essa conclusão, Monique analisou a pontuação ESG de 98 empresas brasileiras de capital aberto na Arabesque S-Ray, classificação disponível no Terminal Bloomberg e frequentemente consultada por investidores.

As informações foram cruzadas com dados sobre a quantidade de mulheres na diretoria executiva, estatutária ou no conselho de administração desses mesmos negócios.

“São dois fenômenos que acontecem ao mesmo tempo. Quando há mulheres na liderança, as empresas têm melhor desempenho no ESG geral e nos aspectos ambiental e social”, diz Monique Cardoso em entrevista à Folha de S.Paulo sobre o tema.

Para entender o que pode estar por trás desse fenômeno, o trabalho teve uma segunda parte qualitativa onde foram entrevistadas 14 diretoras ou ocupantes de cargos superiores nas empresas pesquisadas.

Segundo Monique, as características relacionadas ao cuidado, à sensibilidade e à maternidade, sendo as mulheres mães ou não, foram apontadas como pontos fortes na hora de seguir com projetos a partir dos princípios ESG.

“São características que sempre foram tipificadas como femininas, o que na verdade é uma construção social. Mas elas também podem ser boas características de gestão, principalmente nos temas que dão resultado em sustentabilidade”, avalia a mestra.

A maior diversidade de gênero no mundo corporativo não é só uma questão de boas práticas, mas também de dinheiro.

No ano passado, por exemplo, o Goldman Sachs passou a recusar IPOs de organizações que não tenham mulheres no conselho de administração. O motivo, segundo o banco, é que a performance financeira de quem tem ao menos uma diretora é significativamente melhor.

A informação não é novidade. A McKinsey & Company publicou um estudo em 2018 apontando que companhias com maior diversidade de gênero em cargos de chefia têm 21% mais chance de apresentar resultados acima da média do mercado. No caso da diversidade étnica, esse número sobe para 33%.

Considerando que o ESG está se tornando um fator decisivo para a avaliação de investidores, acionistas e gestores de fundo, o trabalho de Monique Cardoso aponta também para uma direção semelhante.

Com informações da Folha de S.Paulo.

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