Ontem, a empresa apresentou seus resultados do 2T20 com uma fortíssima queda nas vendas, o que levou a lucro bruto e EBITDA negativos.

No 2T20, o prejuízo líquido da Tupy foi de R$ 83 milhões (R$ 0,57 por ação), contra um resultado positivo de R$ 59 milhões no mesmo trimestre do ano passado e 60,1% menor que o resultado negativo do 1T20.

As vendas em toneladas da Tupy no 2T20, sempre comparando ao 2T19, caíram 24,2%, com quedas acentuadas em todas as linhas de produtos e mercados. No segmento de Transporte, Infraestrutura e Agricultura, as vendas caíram forte no mercado interno (-71,0%) e no externo (-58,6%). Em hidráulica, as reduções foram de 47,4% no Brasil e 66,0% nas exportações. Estas fortes contrações são derivadas da paralisação das operações dos clientes da empresa, principalmente da indústria automobilística. Os piores momentos foram em abril e maio, sendo que em junho as vendas já cresceram 74,0% comparadas à média dos dois meses anteriores.

A queda nos volumes vendidos foi em parte compensada pela desvalorização do real de 37,3% (taxa média) em relação ao dólar e 34,5% frente ao euro. Com isso, a receita teve uma diminuição de 54,2%, menor que a queda nas vendas.

A queda no custo dos produtos vendidos foi de 43,8%, muito abaixo da redução da receita, levando a uma difícil situação de prejuízo bruto e EBITDA ajustado negativo em R$ 2 milhões. Segundo a empresa, a partir de junho, com o retorno à normalidade das operações, já foi possível a obtenção de resultado operacional positivo.

No 2T20, o resultado financeiro foi negativo em R$ 25,8 milhões, valor 278,8% maior que no mesmo período do ano passado. Isso ocorreu pelo impacto da desvalorização cambial e com o aumento do endividamento. Vale lembrar que a empresa captou R$ 494 milhões em março, para enfrentar melhor a crise. No trimestre, o ajuste do derivativo usado para ajustar o valor presente dos créditos a receber da Eletrobras, foi positivo em R$ 18,6 milhões sem efeito caixa. Por outro lado, operações com derivativos encerradas no trimestre levaram a um desembolso de R$ 90 milhões, tendo como contrapartida ganhos cambiais no resultado operacional.

Ao final do 2T20, a dívida líquida da Tupy era de R$ 1.383 milhões, 50,1% acima do 2T19 e 11,6% maior que no trimestre anterior. A relação dívida líquida/EBITDA no 2T20 era de 2,6x, vindo de 1,7% no trimestre anterior e 1,3x no 2T19.

Nossa recomendação para TUPY3 é de Compra com Preço Justo de R$ 24,00 por ação, indicando um potencial de alta em 36%. Neste ano, esta ação caiu 30,5% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 11,7%. A cotação de TUPY3 no último pregão (R$ 17,59) estava 35,6% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 71,9% acima da mínima.

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