A empresa divulgou na manhã de ontem seus resultados do 2T20, com números operacionais muito fracos; em consequência da forte retração do mercado de aço no Brasil devido à pandemia de Covid-19. Além das perdas operacionais, a empresa teve também despesas não recorrentes, que pioraram o resultado.

No 2T20, a Usiminas sofreu um prejuízo de R$ 467 milhões (R$ 0,37 por ação), valor 2% maior que as perdas do 1T20 e revertendo um lucro de R$ 131 milhões no 2T19.

Para discutir estes números, a Usiminas realizou uma teleconferência, quando a diretoria insistiu na melhoria do mercado no segundo semestre. Para se aproveitar desta recuperação, a empresa vai voltar à operação equipamentos de suas duas usinas. Outros assuntos importantes discutidos na reunião foram os seguintes:

• Retomada nas operações: A Usiminas informou que vai reativar equipamentos parados no início da pandemia, como a Aciaria 1 da Usina de Ipatinga na primeira quinzena de agosto e a Usina de Cubatão (segunda quinzena). A volta à operação não demandará investimentos adicionais e vai permitir a redução das despesas com ociosidade e o custo de produção;

• Investimentos: A empresa elevou a expectativa de investimentos neste ano de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões;

• As vendas de minério de ferro, que caíram 14,1% em relação ao 1T20, foram negativamente impactadas por uma parada para manutenção e troca de equipamentos durante o 2T20;

• A dívida líquida no 2T20 (R$ 3,7 bilhões) cresceu 4,5% no trimestre por conta da desvalorização do real. Porém, em doze meses houve uma redução de 11,9% no endividamento líquido, devido a melhor geração de caixa;

• Preços do aço: Assim como a CSN, a diretoria da Usiminas vê um prêmio negativo dos preços do aço de 10% no momento. Com isso, fica mais provável que a Usiminas vai seguir o aumento de 10% para setembro, já anunciado pela CSN;

• Não recorrentes: O resultado do trimestre foi negativamente impactado pelo reconhecimento de despesas no valor de R$ 81 milhões, referentes às provisões para custos com a Covid-19 (R$ 51 milhões), para devedores duvidosos (R$ 19 milhões e para reestruturação da Usiminas Mecânica (R$ 19 milhões);

• As despesas com ociosidade no 2T20 (R$ 84 milhões), foram elevadas pelas paralisações adicionais de equipamentos no trimestre e também impactaram negativamente o resultado do período;

• Recebimento da Eletrobras: Em julho, a Eletrobras depositou R$ 312 milhões para a Usiminas; referente a valor incontroverso de disputas judiciais acerca dos empréstimos compulsórios.

Em 2020, USIM5 caiu 12,9%, mais que o Ibovespa, cuja queda foi de 9,2%. A cotação de desta ação no último pregão (R$ 8,21) estava 28,1% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 119,2% acima da mínima.

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