Após o último pregão, a empresa divulgou seus resultados do 1T20, que apresentaram redução nas vendas, receita, margens e no lucro líquido, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. A forte volatilidade nos preços dos combustíveis no trimestre, levou a perdas com estoques, em parte compensada por operações de hedge.

No 1T20, a Petrobras Distribuidora lucrou R$ 234 milhões (R$ 0,20 por ação), 50,9% menos que no 1T19, mas 143,8% acima do trimestre anterior.

O volume total vendido pela BR Distribuidora no 1T20, sempre comparando ao 1T19, caiu 5,9%. As vendas do trimestre já foram negativamente impactadas pelas medidas para o combate à pandemia de Covid-19. A empresa atribuiu a isso cerca de 58% da queda verificada entre os dois períodos. Os piores desempenhos no trimestre vieram das vendas de combustíveis para aviação (queda de 12,7%), óleo combustível (-12,2%) e coque (-11,3%). No diesel, combustível que representa 40,3% das vendas da BR, o volume vendido caiu 7,0%, o menor percentual entre os principais produtos. Entre os segmentos da empresa, as vendas caíram na Rede de Postos (6,5%), nos Grandes Consumidores (3,1%) e Aviação (12,7%).

As despesas operacionais consolidadas no 1T20 (R$ 861 milhões) foram 18,5% menores que no 1T19, o que impactou positivamente o resultado. Isso ocorreu devido aos menores gastos com pessoal (R$ 141 milhões) e de serviços contratados (R$ 28 milhões). Neste número não está somando o resultado positivo do hedge (R$ 416 milhões) no trimestre. Este ganho compensou parte das perdas de margem operacional.

O EBITDA por metro cúbico vendido foi de R$ 59,3 no 1T20, valor 32,7% menor que no 1T19, devido aos maiores custos, principalmente dado pelas perdas com estoques, em parte compensado por menores despesas operacionais.

O resultado financeiro no 1T20 foi negativo em R$ 96 milhões, contra um número positivo de R$ 272 milhões no mesmo trimestre do ano passado. Isto se deve à forte redução das receitas financeiras (80,6%) e maiores variações cambiais líquidas negativas (469,2%).

A dívida líquida da BR Distribuidora ao final do 1T20, era de R$ 3,9 bilhões, valor 65,1% maior que no 1T19, mas 11,1% abaixo daquela verificada no trimestre anterior. A relação dívida líquida/EBITDA no 1T20 foi de 1,4x, mesmo número do trimestre anterior e bem maior que os 0,9x no 1T19. O aumento do endividamento na comparação anual se deve aos pagamentos de proventos elevados e a tomada de recursos durante o trimestre para aumentar a liquidez neste momento de crise.

Em 2020, BRDT3 caiu 25,5% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 18,1%. A cotação de BRDT3 no último pregão (R$ 22,40) estava 28,8% abaixo da máxima alcançada neste ano e 69,6% acima da mínima.

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