Na noite de ontem, a empresa divulgou seus números do 2T20, que mostraram forte redução nas vendas e na receita, mas o corte nas despesas operacionais e ganhos não recorrentes permitiram um resultado positivo acima do esperado.

A Petrobras (BR) Distribuidora lucrou R$ 188 milhões (R$ 0,16 por ação) no 1T20, valor 19,7% menos que no trimestre anterior e 37,7% abaixo do 2T19.

No 2T20, o volume total vendido pela BR Distribuidora, sempre comparando ao 2T19, caiu 21,7%, em consequência das restrições de movimentação determinadas para o combate à pandemia de Covid-19. Assim como no 1T20, o pior desempenho nas vendas foi dos combustíveis de aviação, com queda de 82,3%.

Entre os segmentos da empresa, as vendas caíram na Rede de Postos (20,4%), nos Grandes Consumidores (9,4%) e Aviação (82,3%). A receita dos segmentos teve reduções de 36,0% na Rede de Postos, 27,3% nos Grandes Consumidores e 86,0% em aviação. Com isso, a receita líquida consolidada caiu 38,1%, não só impactada pelo declínio no volume, mas também pelos cortes de preço, dados pela fortíssima queda nas cotações do petróleo.

O corte das despesas operacionais beneficiou muito resultado do 2T20. As despesas operacionais consolidadas no 2T20 (R$ 735 milhões) foram 27,3% menores que no 2T19, devido principalmente, aos cortes de R$ 156 milhões nas despesas com pessoal e R$ 33 milhões em fretes.

No 2T20, o EBITDA total foi de R$ 816 milhões, valor 92,7% maior que no mesmo período do ano passado. Este crescimento foi devido à redução das despesas operacionais e por ganhos não recorrentes de R$ 376 milhões. Este ganho se deve à recuperação de créditos fiscais com a exclusão do ICMS no cálculo do PIS/COFINS. Sem este efeito, o EBITDA seria de R$ 440 milhões. O EBITDA foi de R$ 104,3 por metro cúbico vendido no 2T20, valor 32,7% menor que no 2T19. Excluindo os ganhos não recorrentes, este número cai para R$ 56,2.

O resultado financeiro no 2T20 foi de R$ 77 milhões, valor 59,0% menor que no mesmo período de 2019. No 2T20, o número foi positivamente impactado por R$ 150 milhões de ganhos não recorrentes também com os créditos tributários já comentados.

Ao final do 2T20, a dívida líquida da BR Distribuidora, era de R$ 3,3 bilhões, 19,8% menor que no 2T19 e 16,3% abaixo daquela verificada no trimestre anterior. A relação dívida líquida/EBITDA no 2T20 foi de 1,0x, vindo de 1,4% no trimestre anterior e 1,5x no 2T20. Esta diminuição na dívida líquida ocorreu mesmo com as maiores captações, devido, principalmente, à contração do capital circulante com reduções de 27,9% nas contas a receber e 22,5% nos estoques entre o 2T19 e 2T20.

Nossa recomendação para as ações da Petrobras Distribuidora é de Compra com Preço Justo de R$ 31,00 (potencial de alta em 42%). Em 2020, BRDT3 caiu 25,8% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 11,7%. Esta ação estava cotada no último pregão (R$ 21,81) 29,1% abaixo da máxima alcançada neste ano e 68,8% acima da mínima.

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