A empresa realizou teleconferência para discutir seus negócios na área de cimento, após as duas recentes aquisições. A reunião teve um tom bastante otimista com relação às expectativas de crescimento neste negócio. A CSN espera que sua capacidade de produzir cimento seja de 27,3 milhões de toneladas ao ano em 2033, um crescimento de 11 milhões de ton/ano (+67,5%), em relação à que será atingida após as compras de ativos.

É importante lembrar os detalhes das duas aquisições realizadas nos últimos dias. Em 31 de agosto, a empresa informou que sua controlada CSN Cimentos celebrou Contrato de Compra e Venda para a aquisição da Elizabeth Cimentos S/A e da Elizabeth Mineração Ltda. As adquiridas atuam na região Nordeste e tem uma capacidade para produzir 1,3 milhão de ton/ano e o valor do negócio é de R$ 1,08 bilhão. A segunda aquisição foi informada das operações da LafargeHolcim no Brasil (capacidade de 10,3 milhões de ton/ano), por US$ 1,025 bilhão.

Após as duas compras, a CSN Cimentos será a segunda maior produtora nacional, com uma capacidade somada de 16,3 milhões de ton/ano.

A CSN espera os seguintes ganhos nas aquisições:

• Momento muito oportuno para as operações, já que o mercado nacional de cimento está crescendo forte;

• As incorporações das unidades vão gerar uma otimização do mix de produção, aumento da produtividade, redução de custos elevação dos preços;

• A nova estratégia para elevar os preços médios será pulverizar as vendas no varejo, evitando o atacado;

• A logística será otimizada, com redução dos custos de frete;

• Vão ocorrer expressivas diminuições das despesas operacionais;

• Um item muito importante citado pela CSN foram os ganhos fiscais de R$ 800 milhões, com a compra das operações da LafargeHolcim. Nesta empresa, a CSN estimou que as melhorias dadas pela incorporação vão elevar o EBITDA anual dos R$ 540 milhões atuais para R$ 858 milhões.

Nossa recomendação para as ações da CSN é de Compra com Preço Justo de R$ 54,00 (potencial de alta em 61%). Em 2021, CSNA3 subiu 9,9%, enquanto o Ibovespa teve uma desvalorização de 2,2%. A cotação desta ação no último pregão (R$ 33,61) estava 35,9% abaixo da máxima alcançada em doze meses e 129,9% acima da mínima deste período.

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