A despeito da queda no lucro líquido do trimestre, de R$ 321,2 milhões para R$ 238,2 milhões, a empresa registrou fatos importantes nas operações no período. O Lucro Líquido foi beneficiado pela redução da taxa efetiva de imposto de renda por conta da declaração de Juros Sobre Capital Próprio no 1T20; no montante de R$ 185,5 milhões, ou (R$0,29 por ação), 15,2% superior ao montante declarado no 1T19.
A Receita Líquida cresceu 112,5% no 1T20, quando comparado ao mesmo período do ano anterior; consequência principalmente da redução nas vendas de Produtos de Prescrição e Consumer Health no 1T19 com o objetivo de diminuir o nível de estoque desses produtos nos clientes da Companhia naquele período.
No 1T20, a Receita Líquida totalizou R$ 815,0 milhões, e não capturou o crescimento do sell-out no último mês do trimestre resultante da corrida dos consumidores às farmácias para compra de medicamentos isentos de prescrição após o início das regras de restrição para circulação da população por conta da pandemia de Covid-19, o que tende a ocorrer apenas no 2T20.
É importante mencionar, no entanto, que já foi possível sentir o impacto negativo no desempenho do sell-out em algumas categorias em Produtos de Prescrição no 1T20; tais como dermatologia e pediatria, consequência da redução do número de consultas médicas nesse período devido à pandemia de Covid-19.
Melhora na margem bruta de 48,5% para 66,6% no comparativo trimestral, principalmente pelo efeito mix de produtos; consequência das menores vendas de Produtos de Prescrição e Consumer Health no 1T19, que possuem maior margem bruta.
O EBITDA das Operações Continuadas foi de R$ 248,7 milhões no 1T20, com margem de 30,5%.
Reforço de caixa – Diante das incertezas e volatilidade do cenário econômico atual, a Companhia reforçou sua posição de caixa em caráter preventivo, com a contratação de empréstimos no valor de R$ 595,0 milhões em março e abril. A Companhia também aprovou nova emissão de debêntures de longo prazo, no valor de R$ 3,50 bilhões ao custo de CDI+1,5% ao ano, para o pagamento pelo portfólio de medicamentos a ser adquirido da
Takeda, estimado para o 4T20.
Venda de Portfólio – No 1T20, a Companhia aprovou a venda de parte desse portfólio que será adquirido da Takeda referente à Argentina, Colômbia, Equador, México, Panamá e Peru para a Eurofarma por USD 161,0 milhões, mantendo seu foco exclusivo no mercado farmacêutico brasileiro. Com a venda de parte do portfólio para a Eurofarma e a recente contratação de operações com derivativos cambiais em março e abril (“hedge cambial”), a Companhia reduziu sua exposição ao Dólar Americano referente à essa aquisição para USD
387,0 milhões.
Investimentos – Os investimentos totais em Pesquisa e Desenvolvimento, incluindo o montante capitalizado como ativo intangível, atingiram 7,2% da Receita Líquida e totalizaram R$ 58,5 milhões no 1T20; reforçando o compromisso da Companhia com inovação e crescimento sustentável, inclusive durante a pandemia de Covid-19.
Fluxo de Caixa Operacional – O FCO foi de R$ 170,8 milhões no 1T20, redução de R$ 21,0 milhões s/ o 1T19, consequência principalmente da redução do resultado do período. Já o Fluxo de Caixa Livre apresentou redução de R$ 74,9 milhões; resultado dos investimentos adicionais para expansão da fábrica em Anápolis e em Pesquisa e Desenvolvimento.
Posição de Caixa – No final do 1T20, a posição de Caixa Líquido foi de R$ 240,8 milhões ante R$ 216,3 milhões registrados no 4T19. A Companhia reforçou sua posição de caixa em caráter preventivo diante das incertezas e volatilidade do cenário econômico atual por conta da pandemia de Covid-19, com a contratação de empréstimos no valor de R$ 595 milhões, com vencimento em 2021.
A ação HYPE3 encerrou a sexta-feira cotada a R$ 30,01 com queda de 2,7%. No ano a ação acumula baixa de 15,1%.
