Na noite de ontem, a empresa divulgou seus números do 1T20 apresentando redução nas vendas e nas margens operacionais, comparado ao 1T19, o que somado a fatores não recorrentes, levou a uma forte redução do resultado.

A Randon lucrou R$ 3,0 milhões (R$ 0,01 por ação) no 1T20, valor 90,5% abaixo do mesmo trimestre do ano passado e 94,3% menor que no 4T19.

As vendas da Randon no 1T20, sempre comparando ao 1T19, tiveram redução na maioria das linhas de produtos.

No segmento de Autopeças, cuja vendas representaram 53,3% do faturamento no 1T20, os problemas com a pandemia em março, levaram ao fechamento de montadoras e concessionárias, impactando negativamente o volume vendido. Assim, grupos importantes de produtos tiveram fortes reduções de vendas, como freios (17,3%), produtos diversos da Fras-le (16,1%) e materiais de fricção (15,9%).

Em veículos e Implementos (42,4%), as vendas foram prejudicadas pelo início dos efeitos da pandemia em março, mês que normalmente é o melhor do trimestre, com paralisação da produção, das vendas e do emplacamento dos veículos nos Detrans do país. Mesmo assim, as vendas de semirreboques no Brasil cresceram 19,0%.

As exportações em volume no trimestre foram 34,1% menores que no 1T19, em decorrência do cenário mais difícil nos mercados da empresa. A receita de exportações no 1T20 foi de US$ 31,4 milhões, com queda de 22,3%.

Apesar da queda dos volumes vendidos, a receita cresceu 3,0%, em função dos melhores preços no mercado interno e do impacto positivo nas exportações da desvalorização do real.

Mesmo com a elevação da receita, a margem bruta caiu 2,1 pontos percentuais na comparação com o 1T19, devido a elevação dos custos das matérias-primas, insumos e menor diluição do custo fixo, dada pelo menor volume vendido.

Impactou negativamente também o resultado do trimestre, o aumento das despesas não operacionais, devido à contabilização de dois impairments, que somaram R$ 14,8 milhões.

O resultado financeiro líquido negativo do 1T20 foi de R$ 27,4 milhões, 20,9% menor que no 1T19. Isso ocorreu pelo aumento das receitas financeiras (101,0%), beneficiada por ganhos com as variações cambiais.

Foi muito importante para a redução do lucro no 1T20 o aumento das provisões para o Imposto de Renda. Esta elevação foi proveniente da baixa de impostos diferidos que somaram R$ 12,3 milhões.

A dívida líquida consolidada da Randon ao final do 1T20 era de R$ 1,1 bilhão (R$ 880 milhões sem o Banco Randon), valor 27,3% acima do trimestre anterior, mas 8,1% menor que no 1T19. A relação dívida líquida/EBITDA no 1T20 ficou em 1,3x, vindo de 0,8x no 4T19 e 1,7x no 1T19.

Em 2020, as ações preferenciais da Randon caíram 26,9% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 18,9%. A cotação de RAPT4 no último pregão (R$ 9,80) estava 35,1% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 147,5% acima da mínima.

GUIDE INVESTIMENTOS: RANDON PART (RAPT4) reporta resultado do 1T20

O ano de 2020 iniciou com boas perspectivas para a Randon. Em seu planejamento, a cia tinha como premissas um mercado levemente superior ao de 2019, e os resultados dos meses de janeiro e fevereiro mostraram que
essas projeções estavam em linha com o esperado. No entanto, a pandemia acabou atrapalhando seus projetos.

A Randon segue com seu compromisso de mitigar ao máximo os efeitos desta crise e de garantir que a preservação da saúde e a retomada das atividades possam andar juntas.

Entre os principais destaques do resultado, estão:

• Receita Líquida Consolidada 1T20 de R$ 1,2 bilhão, 3,0% maior que a receita obtida no 1T19 (R$ 1,1 bilhão). No comparativo com o 1T19, as divisões montadora e autopeças apresentaram evolução de 3,4% e 2,0%. O aumento da divisão montadora se deve à venda de semirreboques no mercado doméstico. Na divisão autopeças a diversificação dos negócios e o câmbio favorável foram os principais fatores de crescimento;

• As vendas para o mercado externo, a partir das plantas brasileiras, apresentaram queda de 34,1% no comparativo do 1T20 com o 1T19, e de 41,2% com o 4T19. As exportações já passavam por um momento difícil
antes da pandemia. Cenários econômicos complexos, queda no preço do petróleo e de commodities, disputa comercial entre China e EUA, tornavam o ambiente de negócios desafiador desde 2019, em grande parte das
regiões de atuação da Companhia;

• EBITDA de R$ 107,0 milhões, com margem EBITDA de 9,2% e EBITDA Ajustado 1T20 de R$ 150,0 milhões, com margem EBITDA ajustada de 12,6%. A redução do EBITDA Consolidado é explicada, principalmente por
despesas não recorrentes que foram reconhecidas no 1T20, e somaram neste período R$ 43 milhões;

• R$ 3,0 milhões de Lucro Líquido 1T20 e margem líquida de 0,3%, contra lucro líquido de R$ 31,7 milhões no 1T19. Considerando os eventos não recorrentes e as baixas nos impostos diferidos, o resultado líquido do 1T20 foi afetado negativamente em R$ 50,4 milhões.

Impacto: Marginalmente negativo. A companhia possuía boas expectativas para o ano de 2020, que foram um pouco frustradas com a chegada da pandemia no Brasil. Suas exportações sofreram queda.

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