A EDP Energias do Brasil registrou no 2T20 um lucro líquido de R$ 237 milhões, acima do esperado, com crescimento de 25% em relação ao 2T19, acumulando no 1S20 um lucro líquido de R$ 508 milhões, 5% superior a igual período do ano anterior. Esta melhora no trimestre refletiu a melhora do resultado operacional, financeiro e de equivalência patrimonial; parcialmente compensado por maior volume de IR/CS por incremento do lucro tributável.

Em base consolidada a receita líquida do 2T20 ante o 2T19 caiu 2,8% para R$ 2,6 bilhões. O EBITDA cresceu 5,5% e somou R$ 586 milhões, sensibilizado pela redução de 5,9% dos gastos não gerenciáveis que alcançaram R$ 1,7 bilhão, ampliando o crescimento da margem bruta para 3% entre os trimestres comparáveis. Já os gastos gerenciáveis caíram 19,9% no período para R$ 880 milhões.

Cotadas a R$ 17,53/ação (valor de mercado de R$ 10,6 bilhões) a ação ENBR3 registra queda de 18,3% este ano. O preço Justo de R$ 22,00/ação traz um potencial de alta de 25,5%.

Destaques

O volume de energia distribuída caiu 11,6% no 2T20 para 5,7 milhões de MWh. No acumulado do primeiro semestre, a queda foi de 8,3% para 11,9 milhões de MWh. Já o número de clientes cresceu 2% em base anual chegando ao final de junho a 3,54 milhões. No trimestre, o ritmo de queda no volume de energia distribuída foi maior na EDP São Paulo, com recuo de 12,1%. Já a EDP Espírito Santo, registrou queda de 10,7%. Em base semestral a EDP São Paulo mostrou queda de 6,5% enquanto na EDP Espírito Santo o total de energia distribuída caiu 11,0%.

• Os mercados, livre e cativo, tiveram quedas parecidas no segundo trimestre, de 12% e 11,2%, respectivamente. No semestre, os recuos foram de 7,6% no mercado livre e de 8,9% no cativo. Em relação ao número de clientes, o segmento livre teve aumento de 28%, enquanto no cativo, a alta foi de 2%.

Entre as classes de clientes, o pior desempenho ficou com o segmento comercial, com queda de 24,0%. Nas indústrias, o recuo foi de 15,6%, e entre os clientes rurais, a queda somou 6,7%. Já na classe residencial, houve aumento de 2,1%. Segundo a companhia, os números foram diretamente impactados pela pandemia de covid-19. Na geração, considerando as empresas consolidadas, o total de energia vendida caiu 5,0% no 2T20. A estratégia de sazonalização da companhia foi de maior alocação de energia para o segundo semestre de 2020.

No segmento de comercialização, o volume de energia totalizou 4.060 GWh, aumento de 10,6% em relação ao segundo trimestre de 2019. Segundo a EDP, houve reduções nas expectativas de demanda com a crise, e a queda no consumo de energia levou à recuperação dos reservatórios, o que favoreceu a tendência de preços mais baixos.

A Margem Bruta cresceu 3,0% no trimestre para R$ 889 milhões e 3,4% no semestre somando R$ 2,0 bilhões. O EBITDA ajustado, pelos efeitos não recorrentes e não caixa, foi de R$ 526 milhões; aumento de 2,0% no trimestre e de R$ 1,1 bilhão, redução de 3,0% no 1º semestre de 2020 ante igual semestre de 2019.

O resultado financeiro registrou melhora passando de despesa financeira líquida de R$ 116 milhões no 2T19 para despesa financeira líquida de R$ 85 milhões no 2T20.

Os investimentos somaram R$ 399 milhões no 2T20 com queda de 35% em relação aos R$ 612 milhões realizados no 2T19. Ao final de junho de 2020 a dívida líquida da EDP era de R$ 5,8 bilhões, em linha com o trimestre anterior, e cuja alavancagem financeira consolidada permaneceu em 2,0 x o EBITDA.

O conselho de Administração da EDP Energias do Brasil aprovou a criação de uma política de distribuição de dividendos e de juros sobre capital próprio, bem como outras práticas para geração de valor aos acionistas, como programas de recompra de ações de própria emissão.

Esta orientação é válida a partir da Assembleia Geral Ordinária que aprovar as contas do exercício social de 2020; sendo considerado para tanto, o maior entre os seguintes valores: 25% do lucro líquido; 50% do lucro líquido ajustado; ou R$ 1,00 por ação.

• Assim, através desta Política de Dividendos aprovada, “a administração formaliza a sua intenção de propor a distribuição de todo fluxo de caixa livre remanescente, isto é, caixa livre gerado no exercício anterior e não reinvestido, na forma de dividendos complementares e/ou a sua utilização por meio de programa de recompra de ações”;

• O conselho estabeleceu também “o compromisso de manter a dívida líquida/EBITDA ajustado da EDP Brasil entre os 2,5x a 3,0x, com o limite mínimo de 2,0x”.

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