Com a reforma trabalhista iniciada em 2017 e a flexibilização da CLT, muito mudou na relação entre empresas e trabalhadores, além da forma como os profissionais vendem seu trabalho às organizações. Os profissionais liberais e os profissionais autônomos passaram a ser cada vez mais vistos e confundidos.

Para ficar clara a compreensão, separei as características especificas de cada um desses profissionais. Para ser considerado um profissional liberal é necessário ter formação técnica em determinada área do conhecimento, que pode ser obtida pela graduação ou curso técnico. Ele é registrado em um conselho de classe ou ordem, como a OAB e pode trabalhar como pessoa física com vínculo empregatício ou sem vínculo. Alguns exemplos de profissionais liberai são: médicos; dentistas; arquitetos; advogados; jornalistas; corretor de imóveis; corretor de seguros, dentre outros.

Já o profissional autônomo se dedica a uma atividade de maneira independente, sem precisar de formação acadêmica ou técnica e nem de registro em órgão de classe. Além disso, o autônomo não trabalha com vínculo empregatício sob regime CLT. Alguns exemplos de profissionais autônomos são: pintores; eletricistas; designer; vendedores, dentre outros.

Nos dois casos os profissionais liberais e os profissionais autônomos podem ter um CNPJ e atuar como empresa individual emitindo Nota Fiscal.

A liberdade do profissional liberal ou de um trabalhador autônomo é evidente. Flexibilidade de horários, possibilidade de trabalhar de casa. No entanto, por não pertencer a uma estrutura formal de trabalho, é preciso tomar alguns cuidados, principalmente no que se refere as finanças.

Separei aqui 5 passos que vão ajudar a colocar em ordem a sua vida financeira:

  • Conheça seus números

Para boa parte dos profissionais liberais e autônomos conhecer os próprios números não é uma coisa simples. Saber de fato quanto ganha por mês, pois muitas vezes os recebimentos são quinzenais, semanais e até diários, ainda é um desafio. Imagine então conhecer todos os gastos?

Por isso o primeiro passo é conhecer, de fato, quanto ganha e quanto gasta. Para isso é necessário fazer um diagnóstico inicial. Anotar dentro de 30 dias (pelo menos) todas as entradas e saídas de dinheiro para poder analisar o perfil financeiro. Entender qual a periodicidade dos ganhos e quais são os gastos maiores, os mais recorrentes, os supérfluos e se a conta fecha no final do mês.

  • Entenda o potencial da sua receita

Depois de fazer o seu diagnóstico e descobrir, de fato, quanto você ganha dentro do mês, é hora de analisar a sua receita. Tente mensurar quanto você está ganhando por mês e divida por hora de trabalho. Um exemplo simples: pegue o valor de um salário mínimo R$ 1.100,00 e dívida por 200 horas (40 horas semanais x 5 semanas), você irá encontrar o valor de R$ 5,50 referente ao salário-hora. Agora faça esse cálculo com o seu salário e descubra o seu valor do salário-hora. Feita essa conta, reflita  como você pode potencializar a sua receita, aumentando seu salário-hora.

  • Trace metas e objetivos mensais para o seu dinheiro

Ao passo que você já analisou os seus ganhos e já conhece todos os seus gastos, agora é o momento de traçar metas para o seu dinheiro. Comece identificando todos os gastos supérfluos, analisando seu perfil de consumo e para onde está indo a maior parte do seu dinheiro. Agora defina um plano para reduzir esses gastos. Sugiro que busque por uma redução em torno de, no mínimo, 20% de todo o seu consumo. Estabeleça metas também para os seus ganhos, afinal você já conheceu a o seu salário-hora, já analisou como pode potencializa-lo, agora é estipular essa meta de aumento de renda gradativamente.

  • Tenha um planejamento financeiro bem definido

Saber onde você está e onde quer chegar é fundamental para organizar a sua vida financeira. Para te ajudar nesse processo o ideal é ter um planejamento bem definido. Conheça seus sonhos e objetivos, pense na sua longevidade, na sua aposentadoria e monte um orçamento para te auxiliar a materializar todas essas informações. O orçamento financeiro precisa ser feito para um mês e projetado para os próximos doze meses. Preencha corretamente e não esqueça de lançar até os centavos das receitas e despesas.

  • Se pague primeiro

Você trabalha muito, é extremamente dedicado, assíduo, eficiente, é literalmente “pau para toda obra”, mas quando chega no final do mês não sobra um tostão no bolso. E porque isso acontece? Na maioria das vezes em virtude de só pensar no agora, o imediatismo, querer realizar os desejos momentâneos e não olhar para o futuro, para a longevidade.

Se você quer ter uma vida financeira organizada com dinheiro guardado é preciso se pagar primeiro. Assim que receber os seus rendimentos já separe, no mínimo, 10% de todo o seu ganho líquido (livre dos impostos) e aplique. Procure por um investimento que melhor lhe atenda, em uma instituição sólida e confiável e comece a construir a sua reserva financeira.

Seguindo esses passos você conseguirá, não só organizar as suas finanças, como também trilhar o caminho da independência financeira.

Até breve!

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