Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Charles Evans afirmou nesta quarta-feira que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho, publicado mais cedo, foi “o primeiro positivo” no quadro atual, mas também ponderou que os preços seguem “muito elevados” nos Estados Unidos. Durante sessão de perguntas e respostas na Universidade Drake, o dirigente reafirmou a postura do Fed de continuar a elevar os juros, neste ano e no próximo, para conter o quadro inflacionário.

Sem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, Evans disse que projeta que as taxas de juros dos Fed Funds terminem este ano na faixa entre 3,25% e 3,50%. Para o fim de 2023, a expectativa dele é de que elas estejam entre 3,75% e 4,00%.

Atualmente, ela está entre 2,25% e 2,50%. Caso o quadro fique melhor que o esperado, as altas poderiam ser menores do que as hoje projetadas, acrescentou.

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Ele se disse “otimista” com a possibilidade de que o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) possa ficar “mais perto de 2,5%” em 2023. A meta do Fed é de inflação em 2%.

Evans afirmou não prever uma recessão econômica nos EUA e acrescentou que deve haver crescimento econômico no segundo semestre. Para 2023, ele projetou crescimento de “1,5% a 2,0%”, e depois disso o avanço do PIB deve retornar um quadro mais “normal”, após o impulso com a reabertura após a pandemia.

Cadeias de produção

O presidente do Fed de Chicago disse também que o risco geopolítico no mundo “é algo que nos preocupa”, no quadro atual. Durante a sessão de perguntas e respostas na Universidade Drake, o dirigente comentou ainda que “desafios” nas cadeias de produção devem demorar “mais tempo do que eu gostaria”.

Evans reafirmou no evento o compromisso em conter a inflação nos Estados Unidos. Ele considerou que vários fatores concorreram para o quadro atual, como questões da força de trabalho, com empresas enfrentando dificuldades para repor e manter seu pessoal. Problemas em semicondutores prejudicaram o setor automotivo, com consequente alta forte nos preços de veículos usados, lembrou também.

O presidente do Fed de Chicago disse que, olhando em retrospectiva, o Fed poderia ter começado a elevar os juros seis meses antes. Mas o próprio Evans afirmou que naquela época não pensava dessa maneira, pois os dirigentes consideravam que a inflação mais elevada seria de fato algo temporário.

Agora, Evans diz que, se possível, o Fed deve agir de modo “calibrado”, a fim de não gerar uma recessão econômica enquanto busca conter a inflação. Em outro momento de sua fala, ele disse prever “apenas uma deterioração modesta no mercado imobiliário”, com os juros mais altos.

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