Até 2018 os principais fundos de investimentos focados no ESG – outrora também conhecidos como Fundos Verdes – faziam captação de USD 5 BI. Em 2019 o montante saltou para USD 22 BI, o que, por sí só, já explica sua importância no mundo atual.

Cuidar adequadamente da governança corporativa e das ações socioambientais é um desafio global, sistêmico e que independe de governos. A sociedade civil organizada já prioriza a Agenda da Descarbonização no universo dos negócios e os grandes investidores voltam suas atenções e baterias para ela.

Mais que um desejo, a descarbonização tornou-se uma agenda mandatória e não é difícil se chegar a esta conclusão. De quatro lives das quais participamos na semana que passou, três (promovidas pelo GRI Brasil,  Ciesp Campinas e Cosan) apresentaram esta inequívoca conclusão. E mais: os escândalos de corrupção no Brasil forçaram as organizações a vigiar melhor suas práticas de governança corporativa em geral; agora é a vez de dar (a merecida) atenção à governança climática, porque a natureza já colocou as mudanças em marcha e elas não vão esperar os carimbos das repartições.

REAÇÃO

Depois de abatido pelo encolhimento econômico, e esta brutal pandemia que vivemos ainda, inibindo algumas ações de ordem prática, o mercado de capitais mostra reação. O Ibovespa oscilou no primeiro semestre com tantas, digamos, emoções vividas no mundo político internacional e no plano interno também. Mas os investidores profissionais se saíram bem. Teve ação rentabilizando, no período, acima dos 50% (MGLU3) e até ultrapassando os 70% (BTOW3), enquanto o índice hoje encontra-se acima dos 100 mil pontos.

IPO

De ânimo renovado, o investidor já poderá ir ajeitando a sacolinha para ir às compras. A Plano&Plano, empresa controlada pela Cyrela, e voltada à habitação popular, entrou com pedido de registro para ofertar ações no mercado.  Do mesmo setor, a You Inc. deverá estrear na B3 no dia 5 de agosto e a Riva Empreendimentos, empresa voltada à classe média e controlada pela Direcional, também poderá bater o sino nos próximos dias.

IPO 2

O Grupo Soma (dono da Farm e Animale) deverá fixar o preço da ação no dia 29 próximo. Está, portanto, prontinho para a estreia também. Com aprovação do Conselho da Profarma, sua controladora, a d1000 Varejo Farma não quer perder a onda e prepara-se para negociar ações em mercado de balcão.

IPO 3

No último dia 13 a Ambipar – companhia voltada ao meio ambiente – fez seu IPO, captando R$ 1 bilhão. Já a Iguá Saneamento, que possui 10 concessões em cinco estados brasileiro, aguarda o “momento ideal” para anunciar sua estreia no Novo Mercado. O processo já está pronto e deverá ocorrer em breve. 

FOLLOW ON

A esses IPO´s acima somam-se as ofertas secundárias, para saciar o apetite dos investidores. No primeiro semestre Centuro e Via Varejo fizeram follow on. E a partir de agosto deverão ser anunciados pelo menos mais três para 2020. Se confirmados, e somados a estes da Irani Papel e Embalagem e do Grupo Dimed do dia 24 último, serão sete no ano.

NOVO MERCADO

A Irani (listada desde 1977 na Bolsa brasileira) tem compromisso com a B3 de entrar em 2021 já listada no Novo Mercado. Recentemente a CVM pediu para que reapresentasse os balanços de 2016, 17 e 18 por discordar da contabilização da venda de florestas. A companhia refez os documentos e na última sexta-feira (24), durante passagem pela Bolsa para o follow on, reforçou a proposta de migração para o NM nos próximos seis meses.

NOVO MERCADO 2

Quem anda de olho em um patamar mais alto de governança, também, é a Guararapes. Tanto que o presidente do Conselho da companhia, Flávio Rocha, disse: “Não há motivos para ficarmos de fora do Novo Mercado”. Migrando para este segmento, a empresa aumentaria seu free float dos atuais 17,25% para 25%, tendo como contrapartida maior liquidez.

VERDES

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) promoverá uma série de três eventos para discutir “Tendências sobre Títulos Verdes e Sustentáveis no Brasil”. Iniciativa tem apoio do BID, da B3, da SSE Initiativem, além do Laboratório de Inovação Financeira –  o LAB, que reúne a Associação Brasileira de Desenvolvimento, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a CVM, em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, a fim de promover as finanças sustentáveis no país. 

O primeiro evento ocorrerá no dia 29 próximo e os demais nos dias 12 de agosto e 9 de setembro. Todos serão online.

ÍNDICE CDP

O CDP América Latina, escritório regional do CDP Global, organização internacional sem fins lucrativos que mede o impacto ambiental de empresas e governos de todo o mundo, lançou no final do mês de março de 2020 o Índice CDP Brasil – Resiliência Climática (ICDPR-70), com apoio técnico da Resultante Consultoria. Em junho último a sua carteira apresentou valorização de 7,36% no mês, registrando ganho acumulado de 37,27%, desde o seu lançamento.

Com o objetivo de estabelecer uma relação entre divulgação de informações ambientais e desempenho financeiro, o Índice CDP se baseia na valorização de uma carteira teórica, composta por ações que atendem tanto aos critérios de score do questionário de clima da entidade como a critérios de liquidez do mercado.

ÍNDICE 2

Importante: o cálculo da carteira do CDP é feito com base em critérios técnicos, qualitativos e quantitativos, e não constitui recomendação de investimentos. A construção deste cálculo passa por cinco fases: Elegibilidade, Ponderação e Construção, Validação, Disclosure e Monitoramento.

A validação é feita pelo Conselho Técnico Consultivo que inclui ABRAPP-Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar, PREVI-Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, ICLEI, iBluezone, ABRASCA-Associação Brasileira das Companhias Abertas, PRI-Principles for Responsible Investiment, APIMEC-Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais, COPPEAD UFRJ-Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, AGGREGO Consultores, Universidad de Santiago do Chile, B3, SulAmérica, Banco do Brasil, ANBIMA-Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, IBRI-Instituto Brasileiro Relações Com Investidores e CEBDS-Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

THINKING

A Iguá Saneamento abre inscrições para o curso online e gratuito de Design Thinking. A metodologia, praticada nas startups e empresas mais inovadoras do mundo, será apresentada em três encontros durante o mês de agosto. “Avaliar os desafios e desenvolver soluções de forma ágil com foco no cliente são atitudes que valorizamos e promovemos através do DNA Iguá. Com isto, queremos alcançar pessoas interessadas em trabalhar essa habilidade e trazemos a provocação adicional de pensar ideias que ajudem o setor do saneamento, tão essencial à melhoria econômica e social do país”, explica Péricles Weber, diretor de Operações, Clientes & Transformação da companhia.

NOVOS TEMPOS

A Cummins Inc. (NYSE: CMI), empresa instalada no Brasil desde 1971, produzindo motores, filtros e geradores de energia, divulga seu 17º Relatório Anual de Progresso em Sustentabilidade, abrangendo o desempenho da empresa em 2019 em questões ambientais, sociais e de governança.

Em nota, no início do relatório, o CEO Tom Linebarger assinala o compromisso de “lutar ativamente contra o racismo sistêmico, continuando a longa jornada de promoção da justiça social da empresa”.

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