O destaque do ano foi o setor de serviços, que passou a registrar expansão superior a 34% a partir de agosto, terminando com incremento de 122% em um ano.
Segundo Breno Costa, diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, a aceleração indica que muitos consumidores, que já se beneficiavam do auxílio emergencial fornecido pelo governo federal, solicitaram financiamento para completar o valor necessário com o objetivo de reformar a casa, por exemplo, ou renegociar dívidas.
A demanda por crédito de bancos e financeiras subiu 16% no ano passado, enquanto o varejo registrou um crescimento de 44% na mesma comparação.
Lojas
A procura por financiamento foi maior nas lojas de departamento e de vestuário. No caso da primeira categoria, houve altas de 71% em dezembro ante novembro e de 88% em um ano. Já os estabelecimentos especializados em roupas e acessórios registraram crescimento 57% na comparação mensal e cravaram um aumento de 170% entre as propostas feitas no intervalo de janeiro a dezembro.
“A rápida recuperação do segundo semestre trouxe a demanda por crédito para os patamares de normalidade do mercado brasileiro após o susto provocado pela pandemia covid-19 no primeiro semestre”, avalia Costa.
A despeito desse aumento, o executivo alerta para eventuais efeitos desse avanço. “Fatores estruturais como o aumento do endividamento e das incertezas voltam a ter o peso que sempre tiveram e oferecer desafios que exigirão muito esforço para serem superados”, afirma. Em sua visão, “inovações” como o Cadastro Positivo, Dados Alternativos, o Pix e Open Banking deverão servir de amparo para um possível cenário como o citado acima.
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