Os dados de abril do PMI® mostraram mais distorções nas condições econômicas em todo o setor de serviços brasileiro provenientes da crise da COVID-19, segundo dados do Instituto Markit Economics. A demanda foi novamente limitada por restrições contínuas, resultando em contrações mais aceleradas em volume de novos pedidos, índice de produção e índice de emprego. Além disso, as preocupações com o aumento da pandemia diminuíram a confiança nas perspectivas de crescimento. Esses desafios foram acompanhados por pressões elevadas sobre os preços. Com os custos de insumos crescendo no segundo ritmo mais rápido em mais de cinco anos, os preços cobrados pela prestação de serviços aumentaram de forma acentuada.

Caindo de 44,1 em março para 42,9 em abril, o Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços da IHS Markit para o Brasil sinalizou a contração mais acentuada no índice de produção desde julho de 2020. A contração foi, no entanto, menos pronunciada do que as observadas no início da COVID-19 no começo de 2020. As empresas que relataram uma redução mencionaram fechamentos de empresas, restrições rígidas e números crescentes de casos.

A demanda por serviços continuou piorando, conforme sinalizado pela quarta queda mensal consecutiva no volume de novos negócios. A taxa de contração foi acentuada e a mais acelerada desde meados de 2020. Como no caso do índice de produção, as vendas caíram em cada um dos cinco subsetores monitorados. Em ambos os casos, as reduções mais expressivas foram evidentes nas empresas de serviços ao consumidor.

A demanda internacional por serviços brasileiros também se deteriorou, mas o índice de novos pedidos para exportação caiu a um ritmo marginal, mais brando do que o registrado em março. Nos casos em que se observou uma redução, os participantes da pesquisa mencionaram uma diminuição no turismo receptivo e controles mais rígidos da COVID-19.

Os dados de abril apontaram para um grau crescente de excedente de capacidade entre os prestadores de serviços, com os negócios pendentes caindo em um ritmo acentuado e mais rápido. Como resultado, as empresas continuaram equilibrando o número de funcionários efetivos no início do segundo trimestre. Foi a quinta queda do índice de emprego em meses consecutivos e a mais rápida nesse período.

Em meio a registros de preços mais altos para alimentos, combustíveis e equipamentos de proteção individual (EPI), os custos dos insumos aumentaram ainda mais em abril. Algumas empresas também vincularam o aumento a taxas de câmbio desfavoráveis. A taxa geral de inflação foi uma das mais fortes desde o início da coleta de dados em março de 2007.

As empresas optaram por repassar parte dos custos aos clientes, elevando os preços de venda. A taxa geral de inflação foi acentuada e acima da média de longo prazo. As empresas de serviços ao consumidor observaram o aumento mais acentuado nos custos de insumos entre as cinco categorias monitoradas, mas os preços permaneceram inalterados em meio aos esforços para atrair novos pedidos. A maior elevação nos preços de venda foi registrada no segmento de Transporte e Armazenamento.

Por fim, o aumento da pandemia restringiu o otimismo nos negócios em abril. O nível geral de sentimento positivo atingiu o patamar mais baixo em dez meses.

PMI Composto

A atividade do setor privado brasileiro diminuiu pelo quarto mês consecutivo em abril. Além disso, o ritmo de contração aumentou para o mais rápido desde junho de 2020 em meio a restrições rígidas à COVID-19. O Índice Consolidado de Dados de Produção* caiu de 45,1 em março para 44,5. Enquanto a produção industrial se aproximava da estabilização, a queda da atividade de serviços se intensificou.

Os novos negócios recebidos pelas empresas do setor privado enfraqueceram pelo quarto mês consecutivo, com a redução mais acentuada observada na economia de serviços. O índice agregado de emprego diminuiu ainda mais em abril, mas a renovação da criação de empregos no setor industrial freou a contração geral, que foi mais lenta do que a observada no período anterior da pesquisa.

Enquanto isso, os custos de insumos continuaram crescendo de forma acentuada. A taxa de inflação foi a segunda mais rápida desde que os dados consolidados foram disponibilizados em março de 2007, logo atrás da observada no mês anterior. Os fabricantes de produtos observaram um crescimento mais forte do que os prestadores de serviços pelo décimo quinto mês consecutivo.

Os preços cobrados por produtos e serviços brasileiros aumentaram ainda mais, estendendo a sequência atual de inflação para nove meses. A elevação foi acentuada e a mais rápida na história da série. A aceleração refletiu um aumento mais rápido no setor industrial.

Os dados de abril mostraram o nível mais baixo de confiança nos negócios entre as empresas do setor privado desde junho de 2020. Houve um sentimento positivo mais fraco entre os prestadores de serviços em comparação com uma melhora entre os fabricantes de produtos.

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