Diante do cenário de lenta recuperação econômica. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manteve a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,9%. E de 0,4% do PIB industrial em 2019 no Informe Conjuntural do terceiro trimestre.

O estudo explica o fraco desempenho da atividade econômica e industrial por dois fatores:

(1) O sentimento crescente de que o processo de aprovação das reformas indispensáveis ao crescimento da economia será mais demorado e complexo do que inicialmente percebido.(2) E os poucos avanços na agenda de redução do custo Brasil.

O consumo das famílias, com um crescimento estimado de 1,5%, será novamente o principal motor do crescimento do PIB em 2019. Na comparação com anos anteriores, a taxa de 1,5% é inferior ao registrado em 2018 (1,9%) e levemente superior ao registrado em 2017 (1,4%).

‘As vendas no comércio varejistas têm crescido, mas este movimento não tem sido transmitindo para a indústria, que segue quase estagnada principalmente por conta da falta de competitividade’, comentou o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Para Castelo Branco, é preciso promover reformas estruturais que impactem de forma concreta no custo Brasil.

‘Perdemos competitividade tanto nos mercados internos quanto internacionais por conta das adversidades como os logística ineficiente, tributação onerosa, burocracia excessiva e elevado custo de capital. Nesse cenário adverso, vendemos menos e, consequentemente, a produção da indústria é menor’, explicou.

O investimento passou por uma leve revisão, passando de 2,1% no Informe do segundo trimestre para 2,5% no terceiro, como resultado da melhora gradual da economia – o que é um ponto positivo. O documento revisou também a taxa média de desemprego, que deve ficar em 11,9% em 2019. Portanto um recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao verificado em 2018 (12,3%).

Juros

A taxa de juros, que está em 5,5% ao ano, ainda deve sofrer duas reduções, nas reuniões de outubro e bezembro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A perspectiva de continuidade na queda dos juros domésticos segue também a tendência do resto do mundo. Com reduções dos juros básicos de países avançados e emergentes.

Dívida Bruta

O déficit nominal deve recuar de 7,14% do PIB, em 2018, para 6,43%, em 2019. A redução é explicada pela manutenção do patamar de déficit primário e a redução de 0,7 ponto percentual do PIB nas despesas com juros nominais. O déficit nominal, no entanto, continua a ser superior ao necessário para estabilizar a relação Dívida Bruta/PIB. Portanto deve passar de 77,2%, em 2018, para 78,4%, em 2019.

Câmbio

A elevação em relação ao Informe Conjuntral do segundo trimestre (R$ 3,75) é justificada pelo crescente impacto de fatores conjunturais. Como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a crise na Argentina. A presença de mudanças estruturais, pelo menos no médio prazo, da política monetária doméstica também afeta a desvalorização do real frente ao dólar.

Balança Comercial

A CNI projeta o saldo comercial de US$ 49,2 bilhões, com as exportações registrando US$ 228,4 bilhões e as importações US$ 179,2 bilhões. Se confirmar a projeção, o superávit será 16,12% menor que o registrado em 2018 – R$ 58,659 bilhões.

(MR – Agência Enfoque)

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