O Banco Central (BC) anunciou que o crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$11,7 trilhões (157% do PIB) em novembro, crescendo 0,2% no mês e 14,6% em doze meses. A variação mensal refletiu aumento nos empréstimos e financiamentos (1,9%, com destaque para o crédito do SFN) e nos títulos de dívida (2%, notadamente títulos públicos), compensados parcialmente pela redução na dívida externa (-5,3%, com impacto da apreciação cambial de 7,6% no mês).

O crédito ampliado a empresas e famílias totalizou R$6,6 trilhões (88,7% do PIB), redução de 0,7% no mês e aumento de 15,9% em doze meses. No mês, predominou o efeito da redução na dívida externa (-6,6%), influenciado pela variação cambial. Por outro lado, houve crescimento nos empréstimos e financiamentos (1,9%) e nos títulos de dívida (0,3%).

Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN)

O saldo das operações de crédito do SFN alcançou R$4 trilhões em novembro, crescendo 2% no mês, com aumentos de 2% nas carteiras de pessoas físicas e jurídicas, que atingiram, na ordem, saldos de R$2,2 trilhões e de R$1,8 trilhão. Em doze meses, o crescimento da carteira total acelerou de 14,7% para 15,6%; resultado de expansões nos créditos às empresas (de 21,3% para 22,1%) e às famílias (de 9,9% para 10,9%).

O crédito livre para pessoas jurídicas totalizou R$1,1 trilhão, com aumentos de 2,2% no mês e de 24,7% na comparação interanual, destacando-se as modalidades de capital de giro acima de um ano e desconto de duplicatas. O saldo do crédito livre a pessoas físicas alcançou R$1,2 trilhão, após elevações de 2,7% no mês e de 10,7% em doze meses, com aumentos em cartão de crédito à vista, crédito consignado e financiamento de veículos.

No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas alcançou R$678 bilhões em novembro, elevações de 1,6% no mês e de 18,1% na comparação interanual, refletindo a expansão em outros créditos direcionados, devido aos programas de apoio a micro, pequenas e médias empresas, criados para combater os efeitos da pandemia. O saldo com pessoas físicas alcançou R$995 bilhões, aumentos de 1,2% e de 11%, respectivamente, prosseguindo as expansões em crédito rural e financiamento imobiliário.

As concessões totais de crédito somaram R$376 bilhões em novembro. Na série com ajuste sazonal, ocorreu elevação mensal de 1,4%, com acréscimos de 4% no crédito às empresas e de 0,2% no crédito às famílias. No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2019, as concessões totais cresceram 5,9%; com elevações de 12,6% nas operações com empresas e de 0,3% com famílias.

O Indicador de Custo do Crédito (ICC), referente ao custo médio de toda a carteira de crédito do SFN, situou-se em 16,9% a.a. em novembro (-0,3 p.p. no mês e -3,9 p.p. na comparação interanual). O ICC do crédito livre não rotativo atingiu 22,4% (-0,5 p.p. e -5,3 p.p, nas mesmas bases de comparação). O spread geral do ICC situou-se em 12 p.p. no mês (-0,1 p.p. e -2,8 p.p., nos mesmos períodos).

A taxa média de juros das concessões de crédito de novembro alcançou 18,7% a.a., variações de +0,1 p.p. mês e de -4,9 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 14,4 p.p.; com variações de -0,1 p.p. e -4,5 p.p., nas mesmas bases de comparação.

No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 26,3% a.a., reduções de 0,2 p.p. mês e de 9,3 p.p. na comparação interanual. Destaque-se a queda de 0,7 p.p. na taxa de juros a pessoas físicas, para 38,1% a.a., retornando ao patamar de setembro, com destaque para crédito consignado (-0,6 p.p.) e cartão parcelado (-2,1 p.p.). No crédito livre às empresas, a taxa média de juros situou-se em 12,2 p.p., com aumento de 0,2 p.p. no mês, destacando-se elevação em conta garantida (+1,3 p.p.). Excluindo-se as operações rotativas, a taxa média de juros do crédito livre alcançou 21% a.a.; variações de +0,1 p.p. mês e -5,1 p.p. na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Agregados monetários

A base monetária totalizou R$402,3 bilhões em novembro, redução de 6% no mês e aumento de 35,6% em doze meses. No mês, as reservas bancárias diminuíram 39,1%, enquanto o papel-moeda emitido cresceu 0,6%.

Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, atuaram no sentido contracionista, as operações com derivativos, R$25,3 bilhões; Outras Contas, R$19,7 bilhões (R$15,9 bilhões da movimentação da Conta de Pagamentos Instantâneos); as operações da Linha Temporária Especial de Liquidez, R$2 bilhões; e as operações do setor externo, R$1,9 bilhões. Foram expansionistas as operações com Títulos Públicos Federais; R$12,8 bilhões (compras líquidas de R$148,9 bilhões no mercado secundário menos colocações líquidas de R$136,1 bilhões no mercado primário); as operações do Tesouro Nacional, R$9,6 bilhões; e os depósitos de instituições financeiras, R$0,9 bilhão (destaque para liberações de recursos de depósitos de poupança, R$2,5 bilhões).

Os meios de pagamento restritos (M1) atingiram R$585,1 bilhões em novembro, aumento de 1,4%; decorrente das elevações do papel-moeda em poder do público, 1,8%, e dos depósitos à vista, 1,1%. Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 recuou 1,9% no mês.

O M2 cresceu 0,4% no mês, totalizando R$3,9 trilhões, refletindo, além do crescimento no saldo do M1, o aumento de 0,4% no saldo dos depósitos de poupança, situando-se em R$1,0 trilhão, e de 0,2% nos saldos dos títulos emitidos por instituições financeiras, que somou R$2,3 trilhões. No mês, foram registradas captações líquidas de R$1,4 bilhão nos depósitos de poupança e resgates líquidos de R$1,6 bilhão nos depósitos a prazo. O M3 registrou crescimento de 0,4% no mês, totalizando R$7,8 trilhões; com elevação de 0,3% no saldo das quotas de fundos do mercado monetário, que alcançou R$3,7 trilhões. O M4 cresceu 0,5% no mês e 16,2% na comparação interanual, atingindo R$8,3 trilhões.

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