O Banco Central (BC) divulgou que o crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 12,4 trilhões (156,5% do PIB) em maio, aumentando 0,8% no mês. A variação mensal refletiu crescimentos no mercado local de 1,2% nos empréstimos e financiamentos e de 1,8% nos títulos de dívida. Já a dívida externa declinou 1,7% refletindo a apreciação cambial de 3,17% no mês. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 14,6%, resultado principalmente da elevação da carteira de empréstimos do SFN e de títulos públicos.

O crédito ampliado a empresas situou-se em R$4,3 trilhões (54,2% do PIB), com redução de 0,7% no mês. Esta variação foi resultado de comportamentos diversos entre seus componentes: os empréstimos permaneceram estáveis (-0,1%), a carteira de títulos cresceu 2,7% e a dívida externa diminuiu 2,8%, impactada pelo efeito da apreciação cambial. Em 12 meses, a variação de 7,1% reflete principalmente o aumento de 15,3% na carteira de empréstimos do SFN e de 13,2% na carteira de títulos no período.

O crédito ampliado às famílias alcançou R$2,6 trilhões (32,5% do PIB), com crescimento de 1,6% no mês e 15,8% em doze meses; em função do desempenho dos empréstimos do SFN.

Operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN)

O saldo das operações de crédito do SFN alcançou R$4,2 trilhões em maio, aumento de 1,2% no mês, com crescimento tanto na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$1,8 trilhão, expansão de 0,7%) quanto na de pessoas físicas (R$2,4 trilhões, +1,7%). Em doze meses, o crescimento da carteira total acelerou de 15,1%, em abril, para 16,1%, em maio. A carteira de pessoas físicas manteve aceleração, de 14,5% para 16,5%, enquanto a de pessoas jurídicas permaneceu em desaceleração, de 16,0% para 15,7%.

O crédito livre para empresas totalizou R$1,1 trilhão, crescendo 1,4% no mês e 13,6% em doze meses, com destaque para capital de giro, ACC e adiantamento de recebíveis. O crédito livre a pessoas físicas totalizou R$1,3 trilhão, com aumentos de 2,0% no mês e 17,9% em doze meses; distribuídos entre diversas modalidades: cartão à vista, crédito consignado, crédito pessoal não consignado e aquisição de veículos.

No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas contraiu -0,5% no mês e cresceu 19,5% em 12 meses, situando-se em R$676 bilhões em maio. O saldo com pessoas físicas alcançou R$1,1 trilhão, com expansões de 1,3% no mês e de 14,8% em 12 meses; influenciado principalmente pelas carteiras de financiamento imobiliário e de crédito rural.

As concessões totais de crédito somaram R$391,3 bilhões em maio. Na série com ajuste sazonal, houve redução de 1,9% no mês, devido a variações de 0,9% em pessoas jurídicas e de -2,1% em pessoas físicas. No acumulado do ano, comparado ao mesmo período do ano anterior, as concessões dessazonalizadas cresceram 10,6%, compostas por expansões de 3,0% em pessoas jurídicas e de 18,7% em pessoas físicas.

O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN, permaneceu estável no mês, em 17,2% a.a., e manteve sua trajetória de redução na comparação interanual (-2,0 p.p.). No crédito livre não rotativo, o ICC teve comportamento semelhante, de estabilidade no mês (22,6% a.a.) e redução na comparação interanual (-2,1 p.p.). O spread geral do ICC situou-se em 12,1 p.p., com redução em ambas as bases de comparação (-0,1 p.p. e -1,6 p.p. respectivamente).

A taxa média de juros das operações contratadas em maio situou-se em 19,9% a.a.; com quedas de 0,4 p.p. no mês e de 0,8 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões situou-se em 14,5 p.p., com declínios de 0,5 p.p. e 2,2 p.p., nos mesmos períodos.

No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 28,5% a.a., registrando redução de 0,5 p.p. no mês e 1,4 p.p. na comparação interanual. No crédito livre às empresas, a taxa média de juros reduziu 0,1 p.p. no mês, para 14,6% a.a., destacando-se a redução na modalidade de repasse externo que compensou a elevação do mês anterior. Na comparação interanual, observou-se aumento de 0,4 p.p. No segmento de famílias, a taxa média de juros atingiu 39,9% a.a., declínio de 1,2 p.p. no mês; destacando-se redução no crédito pessoal não consignado (-5,3 p.p.). Na comparação interanual, a taxa do crédito livre às famílias declinou 3,8 p.p.

A inadimplência situou-se em 2,3%, variação de 0,1 p.p., distribuída entre os segmentos de pessoas jurídicas (0,2 p.p.) e pessoas físicas (0,1 p.p.). Nas operações com recursos livres, a inadimplência atingiu 3,0%, com variação de 0,1 p.p., enquanto nas com recursos direcionados, situou-se em 1,4%, com variação de 0,2 p.p., originada no segmento de empresas (0,6 p.p.).

Agregados monetários

A base monetária totalizou R$403,5 bilhões em maio, diminuição de 4% no mês e crescimento de 9,6% em doze meses. No mês, houve redução de 0,8% no papel-moeda emitido e 17,4% nas reservas bancárias.

Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, destacaram-se os impactos contracionistas das operações com títulos públicos federais, R$12,7 bilhões (colocações líquidas de R$57,1 bilhões no mercado primário e compras líquidas de R$44,4 bilhões no mercado secundário); as operações com derivativos, R$11 bilhões; e as operações da Linha Temporária Especial de Liquidez, R$ 5,8 bilhões. Em compensação, apresentaram expansão as operações do Tesouro Nacional, R$9,2 bilhões; as operações do setor externo, R$4,6 bilhões; e os depósitos de instituições financeiras, R$2,1 bilhões (liberações de recursos de depósitos de depósitos a prazo, R$2 bilhões; e recolhimentos de recursos de depósitos de poupança, R$277 milhões).

Os meios de pagamento restritos (M1) atingiram R$584,1 bilhões no mês, mantendo estabilidade em relação a abril; reflexo do decréscimo de 0,2% do papel-moeda em poder do público e da elevação de 0,5% dos depósitos à vista. Considerando-se dados dessazonalizados, o M1 avançou 0,9% no mês.

O M2 variou 0,3% no mês, totalizando R$3,9 trilhões. O saldo dos depósitos de poupança cresceu 0,3%, atingindo R$1,0 trilhão, enquanto o saldo dos títulos emitidos por instituições financeiras avançou 0,4%, totalizando R$2,3 trilhões. No mês, foram registradas captações líquidas de apenas R$73 milhões nos depósitos de poupança e de R$4,4 bilhões nos depósitos a prazo. O M3 avançou 1,4% no mês, totalizando R$8,2 trilhões. O saldo das quotas de fundos do mercado monetário registrou aumento de 2,4%, totalizando R$4,1 trilhões. O M4 registrou variação de 0,8% no mês, totalizando R$8,7 trilhões. Em 12 meses a variação foi de 14,6%.

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