🌎 CENÁRIO EXTERNO

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Mercados

Mercados asiáticos iniciaram a semana em tom baixista, com quedas das bolsas de Tóquio, Hong Kong, Seul e Xangai. Na contramão, índices acionários amanheceram com viés de alta na zona do euro: o Stoxx 600, índice que abrange ativos de toda a região, avança cerca de 0,5% até o momento. Nos EUA, índices futuros de NY operam nesta mesma direção, ensaiando uma abertura favorável também para bolsas americanas (S&P 500 fut: +0,6%), enquanto o dólar (DXY) registra mais uma manhã de fraqueza contra seus principais pares (+0,1%) e os juros futuros operam acerca da estabilidade (rendimento das treasuries de 10 anos: 1,64% a/a). Por fim, na fronte das commodities, ativos iniciam mais uma semana em alta. O preço do petróleo (Brent Crude – ICE) opera estável, negociado próximo dos US$ 66,80/barril.

Mais do mesmo

Após um final de semana sem novidades relevantes para o cenário econômico global e uma sessão predominantemente negativa na Ásia, bolsas europeias e futuros de NY abrem a semana em tom positivo. Dados de atividade fortes seguem sustentando ativos de risco ao reforçar apostas em uma retomada econômica rápida e robusta enquanto a preocupação com o avanço da inflação, apesar de se manter viva no radar, não se coloca como uma ameaça latente no curtíssimo-prazo. Neste contexto, iniciamos a semana com mais um desempenho fraco do dólar e com a estabilidade dos juros futuros nas economias desenvolvidas.

Economia europeia

Na leitura final de abril, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial renovou a máxima histórica na zona do euro, com nova performance astronômica do setor no ano. A pesquisa realizada pelo Instituto Markit, que serve como uma espécie de termômetro mensal para a atividade econômica, registrou alta de 62,5 em março para 63,3 em abril, evidenciando um crescimento no ritmo de expansão da atividade do setor industrial no período (leituras acima de 50,0 indicam expansão e, abaixo, contração). Na leitura, a melhora no nível de produção e no número de novos pedidos foi generalizada entre os países membros inclusos na pesquisa, alcançando o maior ritmo de crescimento desde que o índice foi criado, em 1997. Na ponta negativa, o alto número de ordens segue pressionando a produção e, consequentemente, os preços, que não param de subir (metais, químicos e plástico). Em um contexto de receio com a volta de pressões inflacionárias, o tempo que este movimento irá persistir e o quanto desta alta será passada aos consumidores ainda é incerto. Vamos acompanhar…

Na agenda

Ainda hoje, o investidor recebe dois PMIs industriais referentes ao mês de abril nos Estados Unidos, o do Instituto Markit, às 11h, e o do ISM (Institute for Supply Management), às 11h30. À tarde, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fala em evento (15h20).

Mais agenda

No restante da semana, outros destaques da agenda internacional serão: a balança comercial e as encomendas à indústria em março nos EUA, na 3ªfeira; os dados do mercado de trabalho formal nos EUA (ADP), a inflação ao produtor europeu e os PMIs de serviços de abril na Europa e nos EUA, na 4ªfeira; as vendas no varejo na Europa, a decisão de política monetária do BOE, dados de produtividade do trabalho nos EUA e o PMI/Caixin de serviços na China, na 5ªfeira; e o relatório de emprego de abril nos EUA, na 6ªfeira.

CENÁRIO BRASIL

Ex-ministros depõem na CPI do Covid-19

Resumo da semana

Durante o decorrer da semana, a CPI da Covid-19 receberá os 3 ex-ministros da Saúde, o atual ministro Marcelo Queiroga e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Também existe grande expectativa em torno da divulgação do relatório da reforma tributária, que será difundido hoje. Na quarta-feira, o Copom deve divulgar um novo aumento à taxa Selic.

Desafetos

Na terça-feira, a CPI da Covid-19 recebe os ex-ministros Nelson Teich e Henrique Mandetta (DEM-MS). Ambos entregaram o cargo devido a divergências irreconciliáveis com o presidente Bolsonaro em torno do tratamento precoce e a necessidade de promover o isolamento social por meio de restrições à atividade econômica.

Militarização

Na quarta-feira, a CPI ouve o ex-ministro Eduardo Pazuello. A expectativa é que o atraso na compra de imunizantes e a reação do governo ao colapso do sistema de saúde no estado do Amazonas sejam os principais assuntos abordados.

Atualidade

Por último, na quinta-feira, a comissão receberá o atual mandante da pasta, Marcelo Queiroga, que terá de defender os planos do governo para o restante da crise sanitária. O colegiado também receberá o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, um especialista que pode fundamentar as críticas da oposição direcionadas ao comportamento e as declarações do presidente da República durante a pandemia.

Data limite da tributária

Na semana passada, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, determinou que hoje seria a data limite para a apresentação do parecer do relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), referente à reforma tributária. A divulgação do relatório sofreu vários atrasos em 2020, impedindo que a comissão mista – que tinha como missão reunir os interesses da Câmara, Senado e governo – votasse a matéria.

Reforma misteriosa

Como a comissão funcionou como um grupo de trabalho – sem realizar audiências públicas – sabe-se muito pouco sobre a evolução do tema nos bastidores do Congresso em 2020. Como a reforma trata de um assunto de grande relevância para as empresas, é possível que alguma alteração no relatório surpreenda o mercado e impacte o preço dos papeis de algum setor, mesmo que a discussão em torno da reforma ainda esteja em suas etapas iniciais.

Aprovação faseada?

Na semana passada, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), confirmou a estratégia de aprovação faseada que será implementada durante a análise da reforma tributária. A estratégia já tinha sido adiantada por Arthur Lira após uma reunião como o ministro Paulo Guedes (Economia). O anúncio sugeria que a visão do governo para a reforma tinha prevalecido sobre as demais, mas Barros teve que se retratar nas mídias sócias, divulgando que a estratégia faseada ainda depende de um acordo ainda não costurado.

Na agenda

Como de costume, o mercado recebe o boletim Focus do BCB na manhã desta 2ªfeira (8h30). Em seguida, o mercado avalia o PMI/Markit industrial (10h), o resultado da balança comercial em abril (est.: R$ 12 bi), e os dados de vendas de veículos da Fenabrave no mesmo mês (ambos às 15h).

Mais agenda

No restante da semana, os destaques da agenda econômica serão a produção industrial (4ªfeira), a decisão de política monetária do Copom e as vendas no varejo (6ªfeira) de março. Na fronte da inflação, o mercado recebe o Índice de Preços ao Produtor de março, na 3ªfeira, e o IGP-DI de abril, na 6ªfeira.

E os mercados hoje?

Em manhã de poucas novidades, mercados globais voltaram a abrir em tom predominantemente positivo, com o otimismo em torno do crescimento econômico sustentando índices perto das máximas históricas. No Brasil, o mercado retorna do fim de semana após uma sessão de realização na 6ªfeira, com investidores na expectativa pela apresentação do parecer da reforma tributária pelo relator, Aguinaldo Ribeiro, os relatos de 3 ex-ministros da saúde na CPI da pandemia e o anúncio de mais uma decisão o Copom. Assim, na esteira do fluxo de notícias misto e de uma dinâmica de mercado positiva no exterior, esperamos uma abertura de viés neutro/positivo para ativos de risco locais.

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