Passadas a posse de Joe Biden e a decisão do Copom, a quinta-feira começa com um comportamento misto nos mercados ao redor do mundo – e pode ser um dia de ajustes. Lá fora, a sessão de ontem foi marcada por grande otimismo frente a posse do novo presidente norte-americano e as expectativas de que ele lance novos programas de incentivo à economia. Por aqui, as incertezas em torno da pandemia falaram mais alto e, enquanto Dow Jones e S&P batiam novos recordes de fechamento, o Ibovespa cedia 0,82%, aos 119.646,4 pontos. A percepção é de que frente a falta de insumos para que se continue a produção das vacinas, o atraso no calendário pode agravar ainda mais a situação econômica e exigir novos programas de estímulo à renda – o que esbarraria na questão fiscal. Risco fiscal que inclusive foi bastante mencionado no comunicado do Copom – que manteve a taxa Selic em 2% a.a. mas retirou o forward guidance, em mais uma sinalização de que o próximo movimento deve ser de alta (o que, a nosso ver, acontece apenas no segundo semestre do ano).

Na agenda de hoje, destaque para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deve manter a taxa de juros em 0%, mas pode sinalizar novas medidas de estímulo frente à segunda onda que assola a Europa. No Japão, a madrugada também foi de decisão da autoridade monetária, que manteve os juros em -0,1%. Nos EUA, o agora presidente empossado Joe Biden assinou 15 ordens executivas na noite de ontem, entre as quais estão a implementação da obrigatoriedade do uso de máscara, a suspensão da construção de um muro entre o México e os EUA e a reversão do banimento de viagens de uma série de países de maioria muçulmana e algumas nações africanas.

No campo corporativo, o CADE aprovou a compra da Takeda pela Hypera Pharma (HYPE3), condicionada à venda do medicamento Xantinon, o que já aconteceu. Com isso, a Hypera adiciona as marcas como Neosaldina, Eparema, Nebacetin, entre outras. A São Martinho (SMTO3) informou que o seu conselho aprovou a implantação de uma planta de etanol de milho em Quirinópolis, Goiás, com investimento de cerca de R$ 640 milhões e início da operação previsto para o final de 2022. A construtora Cury (CURY3), que fez seu IPO no segundo semestre do ano passado, divulgou sua prévia operacional, com forte alta nos lançamentos, tanto na comparação com o 3T20 quanto com o 4T19. Com isso, a companhia fechou o ano com aumento de 42% no volume lançado. O crescimento de vendas em 2020 foi um pouco menor, mas ainda forte, de 37% em relação ao ano anterior.

Há pouco, as bolsas europeias apresentavam comportamento misto, impactadas mais uma vez pelo número de novos casos da Covid-19 no continente: Londres cedia 0,11%, enquanto Frankfurt caía 0,51%. Em Nova York os futuros tinham mais uma manhã positiva, com S&P e Dow Jones subindo, respectivamente, 0,16% e 0,24%.

Helena Veronese
Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos

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