Alguns poucos que a veem como boa estratégia, miram no clássico investimento na caderneta de poupança.

Há muito já é sabido que o brasileiro em geral não recebeu educação financeira, algo extremamente necessário hoje que só beneficia quem a conhece.

Efeito imediato é que a grande maioria não tem sequer a cultura de poupar, um fato importante e delicado de se tratar, pois envolve temas que vão muito além de se investir.

Dados da Allgoo – fintech especializada na digitalização de instituições financeiras – indicam que a caderneta de poupança é o destino mais escolhido por 29% dos brasileiros, seguida por investimentos em CDB e Tesouro Direto, com 27% e ações com 4%.

Agora, pasmem, 22% dos pesquisados disseram não ter nenhuma quantia sobrando e 19% deixam seu dinheiro totalmente parado na conta corrente, ou seja, sem render praticamente nada.

“Estes impressionantes números refletem e são justificados pela ausência de educação financeira muito necessária nos dias atuais.”

Há um dito popular que afirma que “a ignorância é uma benção”. Ela cabe perfeitamente no cenário em tela, principalmente para aqueles que “acham” possuir algum grau de maturidade para investir e direcionam seus recursos exclusivamente para a poupança.

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Sendo assim, o intuito deste este artigo é lançar luz sobre algumas ótimas opções para perfis mais conservadores e que ofereçam rentabilidades muito mais favoráveis do que a velha poupança.

Mas será que realmente é sabido quanto a poupança rende?

Vejamos!

Em maio de 2012, a regra para o cálculo do rendimento da caderneta de poupança foi alterado: quando a taxa básica de juros – Selic – é igual ou superior a 8,5% ao ano, a caderneta tem rendimento de 6,27% ao ano, sendo 0,5% ao mês mais o valor da Taxa Referencial (TR).

Quando a Selic fica abaixo de 8,5% ao ano o rendimento é somente de 70% da taxa Selic.

Como atualmente a taxa de juros encontra-se em 6,5% a.a. o rendimento na poupança tende a render somente 4,6% em todo ano.

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No entanto, apesar de não ser unanimidade, alguns ótimos analistas esperam que a Selic baixe ainda mais para algo como 5,5% ao ano.

Assim, o rendimento da poupança reduziria muito mais em relação ao pouco que já está.

Por este motivo, se defende muito a ideia de aplicação em outros investimentos que permitem maior rentabilidade.

Para isso, a necessidade de conhecer diferentes modalidades se torna necessária, bem como a ideia de diversificação para aquele que busca retornos maiores.

Mas, falemos de opções melhores que a poupança…

Mesmo mantendo um perfil mais conservador.

Aplicações em títulos públicos ou do setor privado, emitidos por bancos e empresas, podem render muito mais do que a caderneta. Sendo uma ótima opção para avaliar.

Principalmente se o dinheiro não for mexido por mais de um ano, quando há uma redução do Imposto de Renda incidente sobre as aplicações em CDBs, fundos e títulos do Tesouro.

É fundamental avaliar as rentabilidades das outras aplicações sempre depois do desconto de impostos (de renda e IOF) e das taxas de administração e custódia, ou seja, o que chamamos de rentabilidade líquida, visto que na poupança não há a incidência de nenhuma das duas.

Abordemos algumas ótimas possibilidades!

Tesouro Direto

É a plataforma de negociação de títulos do governo federal pela internet, há três tipos de títulos para negociar:

Os pós-fixados (com remuneração atrelada à Selic);

Os prefixados (com remuneração pré-definida no ato da compra);

E os atrelados à inflação (que pagam uma taxa prefixada mais a variação do IPCA no período).

A rentabilidade está sujeita à cobrança de IOF e imposto de renda e há a incidência obrigatória de uma taxa de custódia, paga à bolsa de valores, de 0,3% ao ano.

Além disso, pode haver uma taxa de administração cobrada pela corretora de valores por meio da qual o investidor negociar.

Trata-se do menor risco de calote presente hoje na economia brasileira. A liquidez de todos os papéis é diária.

O título Tesouro Selic (LFT) é indicado para qualquer investidor que deseje se manter conservador, que queira liquidez diária (dinheiro rápido na conta) ou esteja investindo para o curto prazo.

Os demais títulos só podem ser considerados conservadores se a intenção do investidor for ficar com eles até o vencimento (por bastante tempo), ou seja, abrindo mão da liquidez.

Fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa com perfil mais conservador, entre os quais se enquadram os fundos DI, são fundos que só investem em títulos de baixo risco, como os públicos, os emitidos por grandes bancos que contem com garantias e operações no mercado financeiro que busquem replicar o desempenho do CDI.

E fique atento:

os rendimentos estão sujeitos à cobrança de IR, IOF e uma taxa de administração que, idealmente, não deve ultrapassar 1,0% ao ano, para não sacrificar demais a rentabilidade.

Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

LCIs e LCAs são títulos semelhantes aos CDBs.

São emitidas por bancos, protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até o limite de 250 mil reais, totalmente isentos de taxa de administração e costumam pagar um percentual do CDI.

São isentas de IR, mas não podem ser resgatadas antes de um prazo mínimo de 90 dias.

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

Trata-se de títulos emitidos por bancos, também protegidos pelo FGC.

Apesar de sofrerem a incidência de IR, a rentabilidade real líquida pode agradar bem mais do que aqueles que possuem investimentos na poupança.

Dependendo do limite a ser investido, pode valer a pena contratar CDBs de bancos menores, que costumam oferecer taxas mais atraentes, já que eles têm mais risco de quebrar e não captam clientes com a mesma facilidade dos bancos grandes e mais conhecidos.

Por isso, muita atenção ao limite de proteção do FGC.

A sugestão sempre é a mesma e serve para qualquer pessoa: estudar e pesquisar sobre as aplicações que mais se adequem a cada perfil de investidor.

Portanto busque informações que qualifiquem o seu poder de decisão, para na hora de escolher qual o melhor investimento você tenha plenas condições para decidir.

A escolha consciente é sempre melhor.

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