Cuidar bem das suas finanças envolve mais que o controle de despesas ou evitar as dívidas. Investir dinheiro também é importante porque permite que você aumente seu patrimônio e alcance sonhos em curto, médio e longo prazo.

O que veremos neste artigo?
Como investir dinheiro?
Onde investir dinheiro?

Para tanto, é necessário saber como e onde investir. Afinal, são muitas as possibilidades disponíveis no mercado. E você deve considerar aquelas que fizerem sentido, individualmente, para a sua realidade.

Quer iniciar nesse caminho do mercado financeiro? Veja dicas essenciais para investir seus recursos!

Como investir dinheiro?

Dar os primeiros passos rumo a uma estratégia de investimento exige preparo e adaptação quanto aos seus hábitos atuais. Isso envolve, até mesmo, entender por que vale a pena investir dinheiro. Que tal conhecer alguns motivos?

Com a alocação de recursos, você pode construir patrimônio, fazer o dinheiro trabalhar para você, ter mais segurança e realizar sonhos. Para tanto, é preciso montar uma carteira consistente e com chances de entregar os resultados esperados.

Veja algumas dicas importantes para começar a alocar seu dinheiro!

Capriche na organização financeira

Primeiramente, é preciso organizar as suas finanças para garantir que seja possível investir em busca dos resultados desejados. Por isso, comece fazendo uma análise completa da sua situação financeira e busque modos de melhorá-la. Por exemplo, ao eliminar as dívidas.

Também é importante conhecer o quanto você ganha e o quanto gasta, em média. Além de tudo, é interessante criar um orçamento que contemple as necessidades cotidianas, de modo a garantir o direcionamento adequado dos recursos.

Quanto mais organizado você for, melhor será para aproveitar bons investimentos. É necessário ter dinheiro sobrando para fazer aportes com regularidade. Então é importante adaptar a sua mentalidade — e sua vida financeira— para essa questão.

Monte um planejamento financeiro

Cuidar da organização é importante para gerar hábitos positivos e também serve como base para algo que é igualmente essencial: o planejamento financeiro. Afinal, investir dinheiro exige estratégia e preparo, para que seja possível aproveitar as melhores oportunidades.

Antes de investir em ativos, você deve se preocupar em definir o quanto está disposto a alocar e com que frequência pretende aportar os recursos. Também é preciso buscar maneiras de diminuir despesas, justamente para direcionar as sobras para o mercado de investimentos.

Logo, depois do passo inicial de conhecer suas finanças, faça um planejamento. Nele, vale incluir um controle de gastos, ajustar o padrão de vida ou mesmo pensar em uma renda extra para ter maior disponibilidade de valores.

Tenha uma reserva de emergência

Antes de começar a investir para aumentar o patrimônio é essencial ter uma espécie de colchão de segurança. Portanto, nossa próxima dica é montar uma reserva de emergência que corresponda a, pelo menos, 6 meses das suas despesas.

O valor serve para garantir que você possa se manter em caso de imprevistos, como a perda de renda ou a ocorrência de uma crise financeira. Além disso, serve para custear gastos extras, sem que seja preciso comprometer a parcela destinada aos investimentos.

É importante se lembrar de só mexer na reserva em caso de extrema necessidade — e sempre repor o montante que for usado. Assim, você terá mais tranquilidade para investir sem descuidar do orçamento.

Conheça o seu perfil de investidor

Mais uma etapa essencial para decidir os investimentos é escolher ativos considerados adequados para o seu caso. Para isso, não basta considerar as características do investimento. Também é preciso pensar nas suas características e uma das mais importantes é o perfil de investidor.

Ele diz respeito à sua tolerância a riscos, ou seja, o quanto você está disposto a abrir mão da segurança em busca de melhores resultados.  O investidor conservador tem baixa tolerância e prioriza a segurança, enquanto o moderado está disposto a se arriscar um pouco mais.

Já o perfil arrojado é conhecido por ter uma grande tolerância aos riscos, expondo-se de maneira planejada para maximizar as chances de ganhos. Conhecer em qual deles você se encaixa é essencial para entender quais são bons ativos para investir.

O objetivo é mapear suas preferências, de modo que as escolhas feitas não lhe deixem desconfortável com o risco, mas também não o façam perder oportunidades para as quais você estaria tolerante.

Defina seus objetivos e prazos

Depois de identificar o seu perfil, é necessário estabelecer os objetivos financeiros principais. Essa é mais uma forma de garantir que a estratégia esteja alinhada para gerar resultados consistentes com as suas expectativas.

Nesse sentido, defina as suas metas: por exemplo, se pretende aumentar o patrimônio, se deseja gerar renda passiva e assim por diante. Também é o momento de estabelecer o período de resgate do investimento, que pode ser no curto, médio ou longo prazo.

O ideal é dividir os objetivos de acordo com seus prazos para escolher os investimentos mais adequados. A reserva de emergência, por exemplo, deve ser investida em ativos com maior segurança e liquidez.

Assim, a rentabilidade não é o principal intuito ao investir sua reserva. Já para um objetivo diferente, como multiplicar o patrimônio, outros investimentos serão mais adequados. Por exemplo, os de longo prazo.

Considere a realização de aportes frequentes

Ao pensar em qual a melhor forma de investir dinheiro, é preciso entender que a continuidade é tão importante quanto os primeiros passos. Portanto, não é tão vantajoso começar a investir e não tornar tal situação um hábito.

Desde o seu planejamento financeiro é interessante pensar na realização de aportes frequentes. Dessa forma, você faz o seu patrimônio crescer de maneira consistente e gera mais resultados pela atuação dos juros compostos.

Logo, a dica é se comprometer com os investimentos periódicos para que a estratégia realmente se consolide. Sem isso, seu plano não terá a força esperada e os resultados melhores ficarão distantes, mesmo escolhendo bons investimentos.

Conheça as alternativas disponíveis no mercado

Com tudo organizado e pronto para começar a investir, é o momento de saber onde aportar dinheiro. Para tanto, você deverá aumentar o seu conhecimento de mercado e buscar conhecer as alternativas que podem ser acessadas pelo seu perfil.

Entender como funcionam os melhores investimentos permite traçar uma estratégia para compor a carteira. A informação é essencial, pois sem ela os riscos de ter prejuízo ou de se frustrar com os resultados são maiores.

Por falar nisso, é importante pensar na diversificação de investimentos, já que ela ajuda a diminuir riscos e aumentar o potencial de retorno. Sendo assim, é preciso explorar as possibilidades para entender o que faz sentido.

Onde investir dinheiro?

Agora que estamos falando sobre conhecer alternativas de investimentos, você verá algumas neste conteúdo. Primeiramente, é preciso saber que há duas classes principais no mercado: a renda fixa e a renda variável.

Na renda fixa, é possível conhecer as regras de remuneração e ter uma ideia de quanto você receberá no resgate — ou de como será a rentabilidade. Já na renda variável, não há garantias quanto à remuneração, o que eleva os riscos.

Em cada uma delas, há diversas possibilidades e cada uma atende a necessidades individuais do investidor. Sabendo disso, é hora de entender o funcionamento de algumas alternativas principais.

Veja quais são alguns dos investimentos que podem fazer parte do seu portfólio!

Tesouro Selic

Na renda fixa, alguns dos principais investimentos são os títulos públicos do Tesouro Nacional. Nesse caso, você se torna credor do Governo, que devolve o valor investido mais uma remuneração. Há três possibilidades: o Tesouro prefixado, o pós-fixado e o híbrido.

Tesouro Selic é o mais popular, sendo do tipo pós-fixado. Significa que o seu rendimento está atrelado a um índice econômico. No caso, o indicador é a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

Muitas pessoas investem nesse título para planos de curto prazo que precisem de liquidez, como a reserva de emergência. Ele tem liquidez diária, então você pode resgatá-lo quando desejar. E também está entre as opções mais seguras do mercado.

CDB

Certificado de Depósito Bancário (CDB) é outro investimento da renda fixa, mas emitido por instituições financeiras. Ele também pode ter os mesmos modelos de remuneração dos títulos públicos.

Além disso, podem ser encontrados CDBs com diversos prazos e também com liquidez variada. Em relação à segurança, conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A cobertura é de R$ 250 mil por CPF e instituição bancária para investimentos cobertos, em um limite de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.

Debêntures

As Debêntures também são investimentos de renda fixa, mas fazem parte do capital privado. Com isso, apresentam um pouco mais de risco. Por outro lado, também podem oferecer maiores ganhos, se o seu perfil contemplar essa exposição.

Elas são títulos de dívida e a remuneração e demais características dependem do oferecido por cada empresa. Como não há cobertura do FGC, é importante ficar atento aos riscos, escolhendo bem as companhias.

Empreendimentos consolidados podem ter históricos melhores de pagamento, enquanto outros podem oferecer valores maiores para atrair investidores. Além disso, normalmente a liquidez é baixa e você só pode resgatar o dinheiro na data de vencimento.

Ações

Partindo para a renda variável, as Ações se destacam como alternativas para quem deseja investir em ativos diversificados. Elas são a menor parte do capital social de uma empresa negociada na bolsa de valores e permitem que você participe dos resultados do negócio.

As Ações são adquiridas pela abertura de ordens de compra na bolsa de valores e, a partir disso, você tem a chance de obter retorno de duas formas. A primeira é pelo aumento do preço de negociação do ativo na bolsa. Com a venda, a diferença será o seu lucro com a operação.

Outra modalidade envolve a distribuição de proventos. Todas as companhias de capital aberto são obrigadas a distribuir parte dos lucros e isso pode ser feito pela oferta de dividendos, de juros sobre capital próprio (JCP), de direitos de subscrição ou mesmo a partir da bonificação com outras Ações.

Para escolher em quais empresas investir no longo prazo, é importante fazer uma análise fundamentalista. Ela ajuda a entender a saúde e as perspectivas da empresa. Mas, além do longo prazo, também é possível especular com Ações — nesse caso, os riscos são maiores.

BDRs

Sigla para BrazilianDepositaryReceipt, o BDR é um investimento com lastro internacional, mas que é disponibilizado na bolsa de valores brasileira. Ele começou com foco em Ações, mas desde 2020 permite ETF lastreado em Fundos de Índice (ETFs) e títulos de dívida do mercado externo.

Funciona assim: uma instituição intermediária realiza a aquisição dos ativos (como Ações ou cotas de fundos) e emite certificados com lastro neles. Os certificados, então, são negociados na bolsa brasileira.

Cada certificado corresponde ao ativo em si, que fica sob custódia de uma instituição. Assim, o seu dinheiro passa a estar atrelado a esses investimentos e você obtém os resultados correspondentes a eles no mercado internacional.

Se você investir em um BDR de Ações, por exemplo, poderá receber a parte devida dos dividendos oferecidos pela empresa. Como consequência, é uma forma de investir dinheiro em um mercado diferente, variando os riscos e melhorando o potencial de ganhos.

Fundos de Investimentos

Por fim, mais um exemplo de onde investir o seu dinheiro são os Fundo de Investimentos. Eles são veículos que se baseiam no investimento coletivo. Nesse caso, diversos investidores se reúnem e adquirem cotas, que dão direito à participação nos resultados.

Os fundos podem ser tanto de renda fixa quanto de renda variável. Além disso, existem tipos diversos — além de estratégias e modalidades de gestão diferentes. Logo, a variedade de fundos à sua escolha é alta.

Entre os fundos de renda variável, por exemplo, existem os Fundos de Ações, que priorizam a participação acionária em empresas. Outro tipo são os Fundos de Índices (ETFs), que visam a replicar a carteira teórica de um índice de mercado.

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII), por sua vez, alocam recursos no mercado de imóveis. Já os Fundos Multimercado têm estratégia mista, com maior ou menor risco, pois não precisam se limitar a um mercado só.

Os fundos são uma alternativa para diversificar mais facilmente sua carteira, pois adquirindo cotas de um é possível se expor a mais de um ativo. Além disso, há tipos de fundos que atendem a diversos perfis e tolerâncias a riscos, o que favorece a escolha.

Depois deste conteúdo completo você está mais capacitado para saber como e onde investir dinheiro. Como vimos, isso envolve planejamento, entendimento do seu perfil e dos seus objetivos e conhecimento sobre os produtos do mercado financeiro!


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