Isso ocorreu por conta do aumento da produtividade do trabalho, que cresceu 0,6%, atrás apenas da Coreia do Sul, que teve alta de 1,4%. “Apesar de ser um aumento pouco significativo, o Brasil apresentou o segundo melhor desempenho frente aos competidores, o que impacta positivamente a competitividade. A produtividade do trabalho efetiva, a que compara o Brasil com a média de nossos principais parceiros comerciais, registrou alta de 2,9%”, afirma a economista da confederação Samantha Cunha.
De 11 países analisados, apenas Brasil, Coreia do Sul, México e Estados Unidos não registraram aumento na produtividade no ano passado.
Houve contribuição também na redução do custo do trabalho brasileiro da queda do salário real, que recuou 1,3% no ano passado. Já a taxa de câmbio reduziu um pouco a competitividade do país frente aos demais países, com aumento de 0,6% do real frente às moedas dos parceiros entre 2018 e 2019.
Para este ano, a previsão da entidade é que o custo do trabalho também apresente queda, mantendo a trajetória dos últimos dois anos. “A queda do CUT se dá em um contexto de queda do PIB e do emprego, sendo determinada sobretudo pela forte depreciação do real, resultado da fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil”, analisa a CNI.
O CUT é um dos principais determinantes da competitividade de um país e representa o custo em dólar com o trabalho para a produção de uma unidade de produto. É calculado a partir dos resultados da produtividade no trabalho, do salário médio real pago aos trabalhadores e da taxa de câmbio.
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