“Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, registrou Campos Neto na apresentação do evento.
O presidente do BC também reafirmou que “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado” e que a instituição não tem a “intenção de reduzir o grau de estímulo monetário”.
Gastos do consumidor
O presidente do Banco Central também afirmou que os dados recentes sugerem que os gastos do consumidor nos Estados Unidos estão voltando aos níveis pré-crise.
No caso da Europa, segundo ele, o choque provocado pela pandemia do novo coronavírus afetou países e setores de forma assimétrica. “A recuperação começou em maio, após perdas severas em abril”, registrou Campos Neto.
Sobre a China, o presidente do BC afirmou que a recuperação econômica é rápida, apesar de incompleta. No caso dos países emergentes, a avaliação é de que as condições financeiras seguem restritas para aqueles que possuem fundamentos desfavoráveis.
Ações
No evento, Roberto Campos Neto também cito a força das ações do Top 5, apesar da queda recente. Neste grupo estão os papeis de Amazon, Apple, Facebook, Google e Microsoft.
Ao mesmo tempo, Campos Neto pontuou que a recuperação é desigual e que os riscos trazidos pelos juros baixos e pela inadimplência prejudicam o setor financeiro. Ao tratar de instituições financeiras, ele afirmou que o aumento nas provisões para perdas ainda sugere cautela.
Campos Neto também voltou a afirmar, em sua apresentação, que no Brasil não existe uma “relação causal” entre o aumento da volatilidade no mercado de câmbio e a alta do volume de minicontratos negociados.
Ele registrou que “em outros mercados, o crescimento dos minicontratos geralmente aumenta a liquidez e reduz os spreads de compra/venda”. No Brasil, segundo o presidente do BC, “houve aumento coincidente da volatilidade e da proporção de minicontratos no volume total”. Ele pondera, no entanto, que “não existe necessariamente uma relação causal”.
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