A nova presidente da Brasilprev, Ângela Beatriz de Assis, primeira mulher a ocupar o posto, assume com o desafio de diminuir a forte concentração dos mais de R$ 300 bilhões sob a gestão da empresa em ativos de renda fixa. A mudança vem em meio aos juros baixos que, na visão dela, são o ‘novo normal’ e vão permitir uma economia mais ‘evoluída’.

Para além da diversificação dos investimentos, ela vê urgência no reforço da educação financeira dos clientes e quer preparar a empresa, líder em previdência privada, para navegar em mar aberto, ampliando um radar que hoje mira só a base de clientes do Banco do Brasil. “Com juros baixos, poderemos ter, de fato, uma economia mais evoluída, com melhor distribuição de riquezas. Temos de entender que esse será o novo normal”, diz Ângela ao Estadão/Broadcast, na primeira entrevista após a nomeação ao cargo. “Mesmo o cliente mais conservador vai ter de entender que terá de assumir um pouco de risco para rentabilizar seu patrimônio”.

Esse é um desafio importante, diz, considerando o tamanho da Brasilprev, que tem 2,3 milhões de clientes e mais de R$ 300 bilhões em ativos sob gestão – o que lhe garante a liderança do mercado, com fatia de 30%. O cenário de pandemia, que mantém a volatilidade nos mercados e volta e meia assusta os investidores, aumenta a responsabilidade. Nos ativos geridos, segundo ela, há muita concentração na renda fixa.

“Temos muito mais trabalho e necessidade de comunicação com nossos clientes do que os outros players em razão do nosso tamanho, que nos dá muitas vantagens, mas também desafios”, diz. No quesito investimentos, o foco da gestão, afirma Ângela, será de continuidade.

Primeira mulher a comandar a Brasilprev desde sua fundação, em 1993, ela já estava na atual diretoria, que iniciou processo de diversificação do portfólio da empresa diante da queda dos juros. O movimento tem sido feito aos poucos e com cautela, afirma, mas já apresenta resultados. A proporção do patrimônio líquido da companhia em multimercados, fundos que combinam diferentes estratégias, é de 12,3% ante 9,3% no ano passado. Em 2018, não chegava a 6%.

Ela também defende um reforço na educação financeira e previdenciária dos brasileiros, e pretende levar a cabo um projeto, com outros parceiros, para levar educação financeira a escolas e associações de bairro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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