Apresentando um novo recorde histórico, o número de empresas inadimplentes chegou a 6 milhões em outubro de 2019. De acordo com a Serasa Experian, esse valor é 9,1% maior do que o mesmo mês do ano anterior – quando o número era 5,5 milhões – e 0,4% maior quando comparado com setembro de 2019. O indicador foi impulsionado pela negativação de companhias entre cinco e dez anos de existência, representando 30,6% de todas as organizações com contas em atraso.
De acordo com a avaliação do economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, enquanto os empreendimentos mais recentes buscam crédito para criar e estabilizar os negócios, as mais antigas utilizam os valores para crescer. Com o crescimento econômico abaixo da expectativa em 2019, muitas delas não conseguiram transformar os investimentos em vendas, tornando-se inadimplentes.
O total de empresas com contas atrasadas e negativadas foi impulsionado ainda pelo setor de Serviços em outubro/19, cuja representatividade foi de 49,8% dentre todas as organizações negativadas. O segmento foi seguido pelo Comércio (40,8%), Terceiro Setor (0,2%) e Financeiro (0,1%). No comparativo ano-a-ano, o Terceiro Setor aumentou 25,3%, seguido por Financeiro (11,7%), Serviços (11,5%) e Comércio (6,2%) na relação com outubro/18.
Santa Catarina apresenta maior variação anual
Apesar de possuir representatividade de 3,9% dentre as companhias negativadas no Brasil, Santa Catarina apresentou a maior variação entre outubro deste ano e do ano passado, seguido por Rio Grande do Sul e Mato Grosso. O estado do Amazonas foi o único que apresentou queda na comparação com o mesmo período do ano passado. Durante o período analisado, São Paulo tem representatividade de 33,4% do total de empreendimentos com contas em aberto no país em outubro/2019, com Minas Gerais (10,8%) e Rio de Janeiro (8,7%) na sequência.
Uma das alternativas para sair da inadimplência empresarial é tentar a renegociação das dívidas. Para tal, é necessário fazer uma análise do quanto está devendo e quais as instituições financeiras que podem atender ao pedido de negociação, sendo possível pedir extensão de prazos ou oferecer parcelamento, de acordo com o orçamento do negócio e suas possibilidades de quitação dos débitos.
(MR – Agência Enfoque)
