A equipe de economistas do Bradesco divulgou relatório nesta terça-feira, 10, no qual revisa a projeção de Selic de 4,25% para 3,75% ao ano no fim de 2020. Também foram revisadas para baixo as expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,5% para 2,0%, e para o IPCA, de 3,6% para 3,3%, ambos para este ano. O banco também alterou a previsão para o câmbio no fim do ano. Agora, estima dólar a R$ 4,30 no fim de 2020. Em relatório divulgado em fevereiro, a projeção era de R$ 4.

A piora da estimativa para o PIB, explica o Bradesco, leva em consideração “informações recentes externas e domésticas”. “Há três elementos determinantes para o cenário, todos com viés baixista para a atividade global: a China, seus canais de contágio e a reação própria de cada país”, diz o relatório, que ressalta que a economia chinesa representa 20% do PIB global.

Mesmo com as revisões, o banco destaca, no texto, que a epidemia do coronavírus torna as projeções mais incertas. “A reação dos mercados tem sido intensa; a China está retomando muito lentamente de sua paralisação e há alguns relatos de interrupções em cadeias de fornecimento. Tudo isso tem levado a uma piora nas projeções para o crescimento. Esse quadro, obviamente, afeta o Brasil”, afirma.

Sobre a Selic, o Bradesco acredita que, após o choque do coronavírus e a reação do Federal Reserve, com corte extraordinário de 0,50 ponto porcentual nos juros básicos dos Estados Unidos, o Comitê de Política Monetária (Copom) praticamente decretou nova redução de juros se não houver mudança relevante do cenário na próxima semana. “Por isso, reavaliamos nossa expectativa de Selic para 3,75%, mas muito dependente do comportamento do câmbio e dos preços de ativos nos próximos meses”, afirma o banco.

A inflação, por sua vez, será produto desse cenário, diz o banco. “A nossa percepção, de baixo contágio, tem se confirmado, refletindo a elevada ociosidade na economia e expectativas bem ancoradas”, diz.

Para o câmbio, os economistas do Bradesco avaliam que, com a dissipação dos choques atuais, haverá espaço para alguma apreciação do real. “Contudo, a frustração com o crescimento e o movimento de realocação de recursos limitam esse espaço. Trabalhamos agora com uma taxa de câmbio de R$ 4,30 no final do ano”, afirma.

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