“Mesmo que seja possível ter investimentos em ações por um longo tempo, isso não quer dizer que basta comprar e deixá-las intocáveis por anos”

Durante os 6 primeiros meses que deram início a pandemia do novo coronavírus (covid-19), mais de 1 milhão de pessoas físicas entraram na bolsa de valores brasileira, a B3. Segundo dados divulgados pela empresa, em agosto, cerca de 2,95 milhões de CPFs foram cadastrados, revelando um aumento de 122% em comparação ao mesmo período de 2019. Com este grande crescimento, tornou-se essencial que os novos investidores tenham cada vez mais acesso a informações que os ajudem a entender o universo financeiro nacional. Por isso, o Financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira, Fabrizio Gueratto, listou os 10 erros mais comuns que os investido res iniciantes de ações acabam cometendo.

1) Investidor Las Vegas:

Um mau hábito que as pessoas insistem em ter é fazer tudo sozinhas, algo que não se exclui no mercado financeiro. Muitos novos investidores da bolsa começam operando sem o auxílio de ninguém, utilizando apenas um raso conhecimento de matérias lidas em sites e vídeos assistidos na internet, o que os faz acreditar que já possuem conhecimento suficiente. Como os famosos cassinos de Las Vegas, às vezes o jogador até ganha, mas a tendência natural é perder. Caso o Ibovespa esteja indo bem, acaba sendo pior ainda para este tipo de investidor, pois ele acha que realmente é muito bom e não que o mercado todo está ganhando.

2) Investir com emoção:

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O pior erro deste tipo de investidor é não ser racional na hora de investir, deixando a emoção tomar conta de suas ações. Quando a bolsa está mostrando uma boa expectativa, ele compra, mas assim que sai a primeira notícia negativa a respeito, ele vende. Para os pequenos investidores, o próprio custo de corretagem que determinadas corretoras cobram pode acabar prejudicando a rentabilidade, ainda mais se o número de operações realizadas for muito elevado. De acordo com uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no ano passado, 97% das pessoas entrevistadas afirmaram que fazer day trade, ou seja, comprar e vender ações no mes mo dia, gera prejuízo e não lucro. Além disso, quanto mais a pessoa tenta, mais ela perde.

3) O pecado capital: preguiça:

Mesmo que seja possível ter investimentos em ações por um longo tempo, isso não quer dizer que basta comprar, fazer uma carteira e deixá-la intocável por anos. Não importa o perfil do investimento, seja uma pessoa física ou de um fundo, é preciso movimentar os ativos constantemente. No entanto, para balancear também é necessário ter certo conhecimento das normas, métodos e procedimentos, algo que o investidor iniciante ainda não tem.

4) Day trade iniciante:

Sem dúvida, a maneira mais tentadora de ganhar dinheiro de forma rápida é pelo day trade, comprando e vendendo diversas ações por dia. Este é um método possível, contudo, poucos realmente conseguem obter ganhos no médio e longo prazo. O problema é que muitas pessoas fazem apenas alguns cursos, conhecem ferramentas e já acreditam que podem bater o mercado, o que na verdade os leva a falência. Por isso, assim como todas as profissões, não é da noite para o dia que alguém consegue se tornar um trader profissional. Com muito estudo, levaria pelo menos uns 4 anos. Mesmo assim, a maioria dos profissionais já falharam pelo menos duas vezes. Alguns até conseguiram se recuperar, mas outros não. Então, em hipótese alguma um investidor amador deve começar pelo day trade.

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5) Investidor day trade de fundos:

A melhor opção para quem está ingressando no mercado de ações são os fundos de investimento em ações, os FIA. Porém, para escolher 1 ou mais fundos o ideal é ter a ajuda de um especialista, que já conheça as estratégias, o gestor de cada um dos produtos e consiga diversificar o risco, mesmo sendo ativos de renda variável. No caso do investidor day trade, o grande problema é que ele olha apenas a rentabilidade passada ou o FIA que está em alta, aplicando todo o seu dinheiro. Mas, se no mês seguinte o resultado for negativo, ele resgata e muda para outro fundo. Este tipo de investidor pode mudar para mais de 3 produtos diferentes em um único ano.

6) O grande investidor:

Aquele investidor que vive comprando e vendendo ações durante o ano, superestimando seus ganhos e minimizando suas perdas, mesmo se as mesmas forem pequenas. Para este perfil a bolsa de valores é apenas um jogo. No final de dezembro, a pessoa nem sabe fazer as contas e ver quanto a sua carteira realmente lucrou. Com muitas operações, mais o imposto de renda e os aportes de dinheiro, ela acaba ficando perdida. Por exemplo, se um investidor tem R$ 10 mil em ações do Itaú e ganha 5%, mas também possui R$ 100 mil em ações da Magazine Luiza e perde 4%, ele contará para todo mundo que faturou em Itaú e perdeu um pouquinho em “Magalu”, esqu ecendo o dinheiro perdido.

7) Falta de estratégia:

O investidor que sempre acha que sabe algo que ninguém mais sabe é aquele que na verdade não possui estratégia. Ao ouvir um boato ou ler uma dica em um blog, ele corre para comprar determinada ação. No entanto, até mesmo aqueles que têm estratégia se desesperam às vezes, assim como aconteceu quando o presidente Temer quase saiu da presidência e o mercado virou de cabeça para baixo. Tentar fazer dinheiro na bolsa sozinho é extremamente difícil, mesmo para aqueles tiveram a sorte de pegar um ciclo por meses ou anos de alta, como já ocorreu no passado.

8) A grande aposta:

Normalmente, este tipo de investidor não possui uma reserva de emergência, algo equivalente a no mínimo 6 meses do seu custo de vida aplicados em um investimento de renda fixa com alta liquidez, ou seja, que pode ser resgatado a qualquer hora. Para esta pessoa, o importante é ficar rica rápido, então a melhor opção é apostar em ativos de grandes valores ou de risco, como as criptomoedas. Seu objetivo é transformar R$ 10 mil em R$ 100 mil da noite para o dia. Além disso, um grande erro que ele pode cometer é tentar acertar uma small cap (pequenas empresas que possuem capital aberto, mas que quase não tem negociação).

9) Cassino na B3:

Basicamente, a visão deste investidor é de que a bolsa de valores atua igual a um cassino. Como em um jogo de tiro ao alvo, ele acha que poderá acertar as empresas que irão ter valorização de 1.000%. Entretanto, toda vez que perder dinheiro, irá se comportar de forma ainda mais agressiva, fazendo apostas cada vez maiores. Pelo menos, até o momento em que ele perder tudo, usar um “cheque especial” e ainda ficar devendo na corretora, correndo risco de perder algum imóvel ou carro próprio.

10) Viver de dividendos:

Não é novidade nenhuma que empresas que pagam bons dividendos devem ser priorizadas. Entretanto, não é certo acreditar que se pode viver apenas de dividendos. Atualmente, custear o dia a dia através de qualquer tipo de renda, seja ela fixa ou dividendos, é algo bem difícil de conseguir, ainda mais sem ter que trabalhar. Além disso, este tipo de estratégia pode variar para o positivo ou negativo, assim como todos investimentos da renda variável. Em um estudo realizado para saber quanto uma pessoa precisaria investir para obter um valor considerável das ações da Itaúsa (ITSA4), foi comprovado que seria preciso ter mais de R$ 1 milhão p ara receber em média R$ 5 mil em dividendos.

Sobre 1Bilhão Educação Financeira

O Canal 1Bilhão Educação Financeira leva educação financeira em uma linguagem simples, resumida e disruptiva, para que o investidor aprenda a acumular riquezas, preservar o poder de compra e aumentar a sua rentabilidade com investimentos com alta expectativa de retorno. Fundado pelo jornalista, escritor e palestrante Fabrizio Gueratto, eleito em 2018 com um dos mil paulistanos mais influentes e que atua a mais de 12 anos no mercado informações financeiras. O canal tem como o slogan “investimento não é cassino” e foca em desconstruir na cabeça do brasileiro a ideia de que é preciso acertar sempre o investimento da moda. O planejamento patrimonial de qualquer pessoa, independente da sua classe social deve começar ainda na infância e continuar até o final da vida. Além disso, o conteúdo também revela as pegadinhas que existem dentro do mercado financeiro e como desviar delas.

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