O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central atualizou suas projeções para a inflação no País, inclusive com a previsão para 2024, mas alertou que as novas estimativas não consideram “o impacto das medidas tributárias sobre preços de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações que estão em tramitação”.

“O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual e cresceu desde a última reunião”, alertou, endurecendo o tom ante o Copom de maio.

No cenário de referência, que utiliza câmbio variando conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus, o BC alterou a projeção do IPCA de 2022 de 7,3% para 8,8%. No caso de 2023, foco da política monetária atualmente, subiu de 3,4% para 4,0%. Dessa vez, mesmo que ainda esteja fora do horizonte relevante, o BC também trouxe a sua projeção para 2024, que está em 2,7%.

A mediana da pesquisa Focus para a taxa Selic usada pelo BC no cenário de referência foi de 13,25% no fim de 2022, de 10,00% no encerramento de 2023 e de 7,50% no final de 2024.

Essas estimativas não eram conhecidas pelo público em geral, porque, devido à greve dos servidores, o BC não divulgou a atualização da Focus com as estimativas referentes à semana passada. O Copom ainda citou no comunicado as medianas da Focus para o IPCA de 2022, 2023 e 2024, em torno de 8,5% e 4,7% e 3,25%. Na atualização parcial da Focus na semana passada, as estimativas para 2022 e 2023 estavam em 8,89% e 4,39%, nessa ordem.

Embora aquém das expectativas do mercado, as projeções do Copom para a inflação se afastaram mais da meta para 2023, horizonte relevante da política monetária. O alvo central é de 3,25%, com limite superior de 4,75%. Para este ano, o comitê continua a projetar novo descumprimento do seu objetivo principal, uma vez que a expectativa é superior ao teto da meta (5,00%). Já para 2024, a projeção do BC está abaixo do alvo central, de 3,00%. No último Relatório Trimestral de Inflação, a estimativa era de 2,3%.

No cenário de referência, a autarquia ainda atualizou as projeções para os preços administrados, de alta de 6,4% para 7,00% em 2022. Para 2023, a estimativa passou de 5,7% para 6,3%. Para 2024, a projeção é de 3,3%

Neste cenário, o BC considera ainda a hipótese de bandeira tarifária “amarela” nas contas de luz em dezembro de 2022, 2023 e 2024 e que o barril de petróleo segue a curva futura, terminando 2022 em US$ 110/barril, e depois passa a aumentar 2% ao ano.

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